Transferência de Riscos da IA pelas Maiores Empresas de Tecnologia
As maiores empresas de tecnologia estão adotando estratégias inovadoras para transferir os riscos associados à expansão da inteligência artificial (IA). A Microsoft, a Meta e o Google estão entre as empresas que estão alugando capacidade computacional em vez de investir em infraestrutura própria. Essa abordagem permite que elas reduzam sua exposição financeira ao boom da IA e mantenham flexibilidade para se adaptar às mudanças no mercado.
Um exemplo disso é o acordo da Meta para construir um data center na Louisiana, EUA, com um financiamento de quase US$ 30 bilhões. A Meta criou um veículo de propósito específico, a Beignet Investor LLC, e trabalhou com a Blue Owl Capital, uma gestora de crédito privado, para tomar empréstimos para o projeto. A Meta ficou responsável pela construção do data center, mas a Blue Owl assumiu 80% do financiamento.
- A Meta concordou em “alugar” o data center da Beignet por meio de contratos de quatro anos, permitindo que a empresa classifique o financiamento como custo operacional e não como dívida.
- A Blue Owl financiou o projeto por meio de uma emissão de títulos da Pimco, que vencem em 2049.
- A Meta pode sair do acordo em 2033, dependendo das circunstâncias, e a Blue Owl poderia encontrar um novo cliente ou vender o projeto.
Essa estratégia permite que as empresas de tecnologia adicionem rapidamente capacidade computacional e esperem para ver como a demanda por IA se configurará antes de se comprometerem com projetos que podem durar décadas. No entanto, especialistas alertam que essa abordagem pode levar a um aumento do risco para as empresas menores e seus financiadores, caso as grandes empresas decidam que não precisam de toda a capacidade computacional após a expiração dos acordos.
Outras empresas de tecnologia estão manifestando interesse em estruturas financeiras semelhantes, e os especialistas do setor afirmam que os custos da expansão da IA se tornaram tão elevados que já não é possível mitigar a maior parte do risco. Portanto, as empresas estão espalhando esse risco por meio de acordos inovadores e contratos mais curtos.
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