Guardian Estrutura Fundo Cetipado e Conclui Operação de R$ 800 Milhões com o Carrefour
A Guardian Gestora deu um passo significativo no mercado de investimentos imobiliários com a conclusão de uma operação de grande porte envolvendo o Grupo Carrefour. A aquisição de 15 lojas da rede em diferentes estados do país totalizou mais de R$ 800 milhões, elevando o volume total de transações envolvendo imóveis do varejista nos últimos dois anos para cerca de R$ 1,5 bilhão.
Diferentemente de operações anteriores, como a compra de 15 lojas do Atacadão em 2024, esta nova transação foi estruturada fora do mercado de capitais voltado ao investidor de varejo. A operação contou com a criação de um Fundo Imobiliário Cetipado (Guardian Oportunidades Varejo), direcionado a investidores institucionais, e a emissão de um CRI pré-fixado para financiar parte relevante da aquisição.
A XP atuou como assessora da Guardian, responsável pelo advisory na compra dos imóveis, pela estruturação do veículo de investimento e pela montagem do financiamento via mercado de capitais. A liquidação completa da operação foi concluída no dia 18 de dezembro.
Detalhes da Operação
- A aquisição seguiu o modelo de sale & leaseback, com prazo médio de 15 anos para os contratos de locação.
- O portfólio adquirido apresenta maior pulverização geográfica e complementa os ativos já detidos pela Guardian por meio do GARE11.
- Parte relevante do financiamento foi estruturada por meio de um CRI pré-fixado, com taxa em torno de 14% ao ano.
- Cerca de R$ 358 milhões foram levantados via CRI, enquanto o fundo cetipado captou aproximadamente R$ 380 milhões para viabilizar a compra dos imóveis.
Com essa nova transação, a Guardian soma 30 lojas negociadas com o Grupo Carrefour desde 2024 e deve encerrar 2025 próxima da marca de R$ 9 bilhões em ativos sob gestão. O negócio reforça o posicionamento da Guardian como destino dessas grandes operações de renda urbana vindas de grandes players e que demandam certo nível em sua estrutura.
A convivência dessas novas estruturas com o maior fundo da casa, o GARE11, é vista com naturalidade, e não se descarta a possibilidade de uma comunhão de portfólios no futuro.
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