Lindomar Castilho: Um Legado Musical e uma História de Dor

Lindomar Castilho, conhecido como o “Rei do Bolero”, faleceu aos 85 anos, deixando para trás um legado musical que marcou gerações. No entanto, sua vida também foi marcada por um trágico evento que mudou o curso da história da luta contra a violência doméstica no Brasil.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970, com um estilo que misturava brega, romântico e exagerado. Seu sucesso foi tamanho que ele se tornou um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, “Você é doida demais”, foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco “Eu vou rifar meu coração”, de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas. No entanto, a história de sucesso de Lindomar mudou drasticamente em 30 de março de 1981, quando ele matou sua mulher, a cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros.

• Eliane tinha 26 anos e estava casada com Lindomar por dois anos.
• Elas tinham uma filha, Lili, que mais tarde se tornou coreógrafa.
• Lindomar foi condenado a 12 anos de prisão, mas cumpriu apenas sete anos em regime fechado e o restante em regime semi-aberto.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan “Quem ama não mata”. A filha de Lindomar, Lili, escreveu uma nota de despedida em suas redes sociais, destacando a importância de ser feliz e aceitar a finitude da vida.

A morte de Lindomar Castilho é um lembrete de que a vida é curta e que devemos aproveitar cada dia para sermos verdadeiramente felizes. Embora sua vida tenha sido marcada por um trágico evento, seu legado musical continua a inspirar gerações.

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