Reestruturação dos Correios: Haddad Defende Parcerias
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que os Correios devem permanecer sob controle estatal, mas precisam fazer parcerias com empresas públicas e privadas para aumentar as receitas. Segundo ele, a capilaridade dos Correios, presente em praticamente todos os municípios do país, desperta interesse para o desenvolvimento de novos negócios.
De acordo com Haddad, há interessados em possíveis parcerias, entre eles a Caixa Econômica Federal. Ele citou a oferta de serviços financeiros, incluindo seguros e previdência, nas agências da estatal, como possibilidades. Além disso, o ministro reforçou que qualquer empréstimo aos Correios só ocorrerá com aval do Tesouro Nacional e dentro de condições consideradas adequadas pelo governo.
Prejuízos e Reestruturação
A situação financeira dos Correios se agravou nos últimos anos, com prejuízos que passaram de R$ 633 milhões em 2023 para R$ 2,6 bilhões em 2024. Entre janeiro e setembro de 2025, o déficit acumulado chegou a R$ 6 bilhões, e a estimativa é de que o ano possa terminar com resultado negativo de até R$ 10 bilhões.
- Prejuízo de R$ 633 milhões em 2023
- Prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024
- Déficit acumulado de R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025
Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda só teve acesso a uma “radiografia correta” da situação da empresa após a troca da diretoria, ocorrida em setembro. Ele afirmou que a pasta está elaborando uma “linha do tempo” para mapear as decisões que levaram à atual crise e que eventuais recursos destinados aos Correios não terão como objetivo adiar o problema, mas permitir uma reorganização estrutural.
Parcerias e Reestruturação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também defendeu que os Correios não serão privatizados, mas podem firmar parcerias e adotar um modelo de economia mista, semelhante ao da Petrobras. Haddad argumentou que o serviço postal, por exigir universalização, não se sustenta financeiramente sem subsídios, mesmo em países considerados liberais.
Ele defendeu que empresas postais costumam agregar outras atividades para garantir sustentabilidade financeira. “Haverá vários caminhos a explorar depois da reestruturação”, disse.
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