Fitch Rebaixa Rating da Colômbia devido a Déficit Fiscal Persistente e Aumento da Dívida
A Fitch Ratings, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, rebaixou o rating da Colômbia devido aos persistentes déficits fiscais que resultarão no aumento da dívida do governo geral em relação ao PIB no médio prazo. Essa decisão foi anunciada em um comunicado divulgado na terça-feira, 16, à noite.
De acordo com a Fitch, a falta de uma âncora fiscal confiável, o aumento das rigidez nos gastos fiscais e as possíveis restrições políticas na implementação de medidas para aumentar a receita desafiarão as perspectivas de consolidação fiscal após a eleição de 2026, independentemente do resultado. Isso significa que a Colômbia enfrentará desafios significativos para reduzir seu déficit fiscal e controlar a dívida pública.
Os ratings de emissor em default em moeda estrangeira de longo prazo da Colômbia foram reduzidos de BB+ para BB, com perspectiva estável após o rebaixamento. Isso indica que a Colômbia ainda é considerada um país com risco moderado, mas com perspectivas de estabilidade no longo prazo.
Os ratings da Colômbia são apoiados por um histórico de preservação da estabilidade macroeconômica e financeira através de vários choques, parcialmente sustentado por um banco central independente. No entanto, os ratings são limitados por altos déficits fiscais, aumento da dívida/PIB, alta carga de juros e dependência de commodities.
Projeções Econômicas
A Fitch projetou um déficit fiscal do governo central (CG) de 6,5% do PIB em 2025, significativamente maior do que a projeção no final de 2024. Além disso, a agência calculou que cerca de 88% dos gastos são direcionados a salários públicos, pensões, transferências e pagamentos de juros, dificultando cortes significativos.
A Fitch também projetou crescimento econômico da Colômbia de 2,9% em 2026, ante 2,7% em 2025, com base no consumo resistente e na recuperação incipiente dos investimentos. Isso indica que a economia colombiana deve continuar a crescer, mas com um ritmo moderado.
As eleições presidenciais na Colômbia estão agendadas para 31 de maio de 2026, e o resultado pode ter um impacto significativo nas perspectivas econômicas do país. A escolha do partido Centro Democrático da senadora Paloma Valencia como candidata para as eleições pode sinalizar uma guinada em direção a uma direita mais moderada.
- Déficit fiscal persistente e aumento da dívida são os principais motivos do rebaixamento do rating da Colômbia.
- A falta de uma âncora fiscal confiável e o aumento das rigidez nos gastos fiscais desafiarão as perspectivas de consolidação fiscal.
- A Fitch projetou crescimento econômico da Colômbia de 2,9% em 2026, ante 2,7% em 2025.
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link