Ataque Cardíaco Econômico: O Alerta de Ray Dalio sobre a Dívida Pública dos EUA
O investidor bilionário Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, nunca foi conhecido por sua otimismo em relação à dívida pública. Recentemente, ele descreveu a dívida de US$ 38 trilhões dos Estados Unidos como um “ataque cardíaco” econômico prestes a acontecer. Dalio acredita que há opções para evitar essa crise, como aumentar a arrecadação por meio de impostos ou reduzir os gastos do governo, mas isso exigiria um acordo de longo prazo entre os políticos, o que ele considera improvável.
O que preocupa os economistas não é apenas o valor absoluto da dívida, mas sim sua relação com o PIB e o custo dos juros sobre empréstimos já existentes. A relação dívida/PIB dos EUA está em aproximadamente 120%, e o governo gasta mais de US$ 10 bilhões por semana apenas para manter essa dívida. Dalio defende que uma abordagem equilibrada, que combine disciplina de gastos públicos com investimento em crescimento, seria a melhor solução para reequilibrar os orçamentos.
Opções para Evitar a Crise
Existem várias opções disponíveis para evitar a crise da dívida pública. Algumas delas incluem:
- Aumentar a arrecadação por meio de impostos;
- Reduzir os gastos do governo;
- Implementar uma comissão bipartidária para lidar com a situação e alcançar um acordo de longo prazo;
- Utilizar o afrouxamento quantitativo para reduzir o custo dos empréstimos de longo prazo e tornar mais barato o pagamento da dívida;
- Mobilizar a riqueza privada por meio de incentivos, como oferecer títulos de prêmio isentos de impostos, ou por via legislativa, direcionando fundos de pensão para dívida pública doméstica.
Além disso, a Grande Transferência de Riqueza, que deve movimentar US$ 80 trilhões nos próximos 20 anos, pode ser uma oportunidade para os governos participarem e mobilizarem recursos para a dívida pública.
No entanto, Dalio alerta que a combinação de alta dívida com aumento das tensões geopolíticas pode ser uma mistura preocupante, e que a dívida de um país pode ser vista como um ativo de outro, o que pode levar a uma perda de confiança nos títulos públicos.
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