Na última terça-feira (2), a cantora sueca Zara Larsson foi anunciada como a nova capa da edição de setembro da Range Magazine. A ocasião marcou um momento especial para a artista, que aproveitou a entrevista exclusiva para revisitar sua trajetória profissional e comentar o lançamento de seu mais recente álbum de estúdio, Midnight Sun. Ao longo da conversa, Zara compartilhou detalhes sobre o processo criativo do disco, falou sobre algumas das faixas inéditas e trouxe reflexões pessoais que acompanham sua jornada musical.
Ao ser questionada sobre a sensação de finalmente apresentar o novo trabalho ao público, Zara Larsson não escondeu a felicidade. A artista ressaltou o orgulho em relação ao álbum e explicou como essa experiência difere de todas as anteriores, destacando que se trata de um marco em sua vida artística. Foi nesse momento que ela declarou:
“Sinto que este é o primeiro lançamento de álbum de verdade que já tive. Este trabalho marca também a primeira vez em que tive um plano e uma visão concretos de como queria conduzir as coisas.”
Na sequência, a cantora refletiu sobre seu passado e fez uma comparação direta com seu primeiro álbum, lembrando como enxerga essa fase inicial de sua carreira. Para ela, o contraste entre os dois projetos deixa claro o quanto amadureceu em sua forma de trabalhar e se expressar. Em suas palavras, Zara Larsson explicou:
“[Meu] primeiro álbum, So Good, foi apenas uma coleção de singles que lancei ao longo de um período. Este novo álbum é a primeira vez em que tenho um plano e uma visão concretos de como quero conduzir as coisas.”
Zara Larsson comenta sobre faixas presentes no disco
Com o desenrolar da entrevista, Zara Larsson começou a revelar aspectos mais íntimos de Midnight Sun, principalmente ao falar sobre as músicas que têm maior significado pessoal. Entre as faixas que compõem o projeto, ela fez questão de destacar uma que ocupa um lugar especial em seu coração, descrevendo-a como uma de suas preferidas:
“Uma das minhas faixas favoritas do álbum se chama Saturn’s Return.”
Para explicar melhor a essência da canção, a artista recorreu a um de seus versos mais marcantes. Ela compartilhou o trecho com emoção, deixando evidente o impacto pessoal que a composição teve em sua vida. Ao citar a linha, aproveitou para ampliar a explicação e contar o que a inspirou a escrever a música:
“Já não sou jovem o bastante para saber tudo.” — comentou Zara, antes de continuar a reflexão: “No último verso, falo sobre como eu costumava ser impaciente — dizia coisas como: ‘Quando eu fizer 20 anos, estarei tocando em estádios.’ Agora, ainda não cheguei lá, e tudo bem. Aceitei que posso mudar o prazo.”
Em outro momento, Zara Larsson falou sobre uma das faixas mais vulneráveis do álbum, The Ambition, na qual aborda a difícil relação com a comparação dentro da indústria musical. A cantora explicou como essa pressão se intensifica com a exposição nas redes sociais e revelou que muitas vezes se vê confrontada com paralelos inevitáveis com outros artistas. Ela chegou a citar nominalmente a também cantora Tate McRae, especialmente relevante pelo fato de Zara ser atualmente o ato de abertura da Miss Possessive Tour. Refletindo sobre isso, afirmou:
“Há outra música chamada The Ambition, que fala sobre a minha relação com a comparação. Vi algumas discussões online sobre as ‘pop girls’ e aquilo me deixou muito irritada. Me fez pensar: ‘O que ela tem que eu não tenho?’ e vice-versa. (…) Até no TikTok vejo muitas pessoas comparando a Tate comigo, e às vezes é muito difícil ignorar isso.”
Com lançamento marcado para o dia 26 de setembro, o álbum Midnight Sun se tornará o quinto trabalho de estúdio da carreira de Zara Larsson. Ele se junta a uma discografia consolidada, composta por 1 (2014), So Good (2017), Poster Girl (2021) e Venus (2024).