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Viral no TikTok | ‘Trend dos privilégios’ emociona, mas pode prejudicar crianças

A “Trend dos Privilégios” no TikTok: Entre a Emoção e o Prejuízo Infantil

A recente onda que tomou conta do TikTok, conhecida como “trend dos privilégios”, tem gerado grande emoção e reflexão entre os usuários. A dinâmica, apesar de simples e aparentemente inofensiva, envolve perguntas sobre a infância, com participantes dando um passo à frente quando a afirmação é verdadeira para eles. Isso cria uma “linha do tempo corporal” que evidencia contrastes entre gerações e experiências familiares, mostrando diferenças significativas em termos de conforto e dificuldades enfrentadas.

No entanto, especialistas alertam que a exposição emocional infantil nas redes sociais pode ter efeitos perigosos. A psicanalista Ariana Moura destaca que as crianças não compreendem completamente o contexto desse tipo de conteúdo e, portanto, não têm real capacidade de consentir com essa participação. Além disso, a inserção de uma criança em um “palco” digital pode fazê-la acreditar que seu valor depende do olhar do público, levando a uma cultura do espetáculo que pode prejudicar o desenvolvimento emocional.

Impactos Possíveis no Desenvolvimento Emocional

  • A exposição a uma cultura do espetáculo pode levar a criança a concluir que precisa agradar o olhar do outro, prejudicando a espontaneidade.
  • Comentários negativos podem ser devastadores, e crianças ainda não têm maturidade emocional para lidar com rejeição e comparações sociais.
  • A preocupação com curtidas ou comentários pode tomar o lugar da escola e do brincar livre, levando a crises de choro, agressividade, ansiedade ou isolamento.

Para identificar sinais de alerta, os responsáveis devem observar mudanças no comportamento da criança, como vergonha, culpa por ter privilégios ou preocupação obsessiva com a própria imagem e desempenho do vídeo. O diálogo é essencial, não apenas perguntar se a criança quer participar, mas entender por que ela quer e explicar o impacto dessa exposição.

Uma alternativa sugerida é permitir que a criança brinque de copiar conteúdos, mas mantendo os vídeos privados ou apenas para a família. No fim, a trend dos privilégios pode mesmo gerar emoção e reflexão, mas a infância não deveria ser palco de validação social. Entre viralizar e proteger o desenvolvimento emocional da criança, o bem-estar deve sempre vir primeiro.

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