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Violência contra médicos no Brasil: o que explica o aumento dessa hostilidade?

Violência contra Médicos no Brasil: Um Problema em Aumento

A violência contra médicos no Brasil é um problema cada vez mais preocupante. De acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), nos últimos dez anos, foram registrados 37.265 boletins de ocorrência de violência contra médicos em todo o país. Isso significa que, em média, 12 médicos são vítimas de violência por dia no Brasil.

Os motivos que levam a essa violência são variados, mas incluem longas filas, falta de insumos, demora no atendimento e insatisfação com o serviço. Além disso, a falta de profissionais de saúde e a sobrecarga de trabalho também contribuem para a frustração e a impaciência dos pacientes e suas famílias.

Estatísticas da Violência contra Médicos

Os números de boletins de ocorrência registrados por médicos ao longo da última década mostram um aumento significativo. Em 2014, foram registrados 2.729 casos, enquanto em 2024, o número saltou para 4.562. Isso representa um aumento de 67% em apenas dez anos.

Além disso, os dados mostram que a violência contra médicos é mais comum no interior do país, onde 66% dos casos foram registrados. As capitais respondem por 34% dos casos. Os crimes mais comuns são cometidos por pacientes ou familiares, e as vítimas mais comuns são médicos que trabalham em unidades de saúde públicas.

Consequências da Violência contra Médicos

A violência contra médicos tem consequências graves para a saúde física e mental dos profissionais. Além de estresse pós-traumático, depressão e ansiedade, muitos médicos também relatam sentir-se inseguros em seus locais de trabalho. Isso pode levar a erros médicos, falta de empatia e alta rotatividade de profissionais.

Para combater a violência contra médicos, é necessário melhorar as condições de trabalho e a qualidade do atendimento. Isso inclui aumentar o número de profissionais de saúde, melhorar a infraestrutura das unidades de saúde e fornecer apoio jurídico e psicológico para os profissionais agredidos.

  • Estresse pós-traumático: 88,4% dos médicos agredidos relatam sentir-se estressados.
  • Pedido de demissão: 49,5% dos médicos agredidos pedem demissão.
  • Afastamento temporário: 10,5% dos médicos agredidos se afastam temporariamente do trabalho.

Prevenção e Combate à Violência contra Médicos

Para prevenir e combater a violência contra médicos, é necessário uma abordagem multifacetada. Isso inclui a aprovação de leis mais duras, como o P.L. no 6.749/2016, que agrava as penas para crimes cometidos contra profissionais da saúde.

Além disso, é necessário estabelecer protocolos de resposta imediata à violência, controle de acesso e videomonitoramento em áreas comuns, respeitada a privacidade do paciente. A sociedade médica também deve articular com governadores dos estados a criação de delegacias especializadas em crimes contra a saúde para ajudar no combate à violência contra os médicos.

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