Resenha do Álbum “Estação Liberdade” do Vanguart
O Vanguart, banda mato-grossense criada por Helio Flanders em 2002, retorna à cena musical com o álbum “Estação Liberdade”, lançado em outubro de 2024. Após um hiato de dois anos, a banda agora é composta por uma dupla, com Helio Flanders e Reginaldo Lincoln como compositores e vocalistas. O álbum é uma reflexão sobre o amor e a busca existencial, utilizando a metáfora do trem da vida para explorar esses temas.
Com produção musical de Rafael Ramos, o álbum apresenta um approach mais pop, com 12 músicas inéditas autorais. Algumas das faixas destacadas incluem “A vida é um trem cheio de gente dizendo tchau”, “Luna madre de la selva” e “O mais sincero”. A banda também experimenta com outros estilos, como country-folk em “Obrigado (Só penso em você)” e rock pop em “Canção do estetoscópio”.
No entanto, à medida que o álbum avança, fica evidente que o polimento pop da produção pode ter padronizado os sentimentos de algumas canções, que talvez ganhassem mais emoção com uma abordagem menos produzida. Isso é notável em faixas como “Pedaços de vida”, onde a densidade da música é abafada pelo instrumental e pelo canto.
Apesar disso, o álbum “Estação Liberdade” é uma obra coesa que flerta com o passado do Vanguart sem emular um sentimento de outrora. A combinação das vozes dos cantores no coro e a presença de instrumentos como a gaita e o steel guitar adicionam profundidade e textura ao som da banda. Com “Estação Liberdade”, o Vanguart demonstra sua capacidade de criar músicas que são ao mesmo tempo pessoais e universais, explorando temas que ressoam com o ouvinte.
- Destaque para as faixas “Luna madre de la selva” e “O mais sincero” como joias pop do repertório.
- A banda experimenta com estilos como country-folk e rock pop em algumas faixas.
- A produção musical de Rafael Ramos dá um toque pop ao álbum, mas pode ter padronizado os sentimentos de algumas canções.
Em resumo, “Estação Liberdade” é um álbum que marca o retorno do Vanguart à cena musical, com uma abordagem mais pop e uma reflexão sobre o amor e a busca existencial. Com suas músicas inéditas e experimentais, o álbum é uma obra que vale a pena ouvir.
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