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Vacinação despenca na Maré em dias de operação policial, aponta Unicef

Vacinação em Áreas de Conflito: Um Desafio para a Saúde Pública

A vacinação é um direito fundamental para as crianças, especialmente em áreas de conflito, onde a saúde pública é frequentemente comprometida. No Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, a vacinação despenca nos dias de operações policiais, mesmo quando as unidades de saúde continuam abertas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Unicef e pela organização Redes da Maré, a média de doses aplicadas cai de 187 para 20 nos dias de operação policial, representando uma redução de 90% em comparação com os dias normais.

Essa queda brusca na vacinação é um reflexo da atmosfera de medo e tensão que permeia essas áreas, restringindo a circulação de moradores e profissionais de saúde. Além disso, a política de segurança pública segue um modelo não protetivo da infância, funcionando como um determinante social da saúde. A chefe do escritório do Unicef no Rio de Janeiro, Flávia Antunes, alerta que a política de segurança pública está impedindo que as crianças acessem o seu direito de receber vacinas essenciais.

  • A vacinação é fundamental para prevenir doenças graves, como pólio, sarampo e coqueluche.
  • A falta de acesso aos postos de vacinação é um dos principais fatores que impactam a imunização no Brasil.
  • A perda de oportunidade de vacinação é uma das grandes preocupações dos especialistas, pois pode significar que a criança não vai voltar ou só vai voltar muito tempo depois.

Para minimizar os danos verificados no estudo, o Unicef e a Redes da Maré fazem recomendações, incluindo a redução da violência armada, a proteção das unidades de saúde e a consideração do impacto nos serviços de saúde no planejamento das operações. Além disso, é fundamental fortalecer a atuação dos agentes comunitários de saúde para garantir o acesso à vacinação e à saúde como um todo.

É essencial que a presença do Estado nessas localidades seja qualificada, com planejamento, protocolo e articulação com a saúde e a assistência social. A vacinação em espaços intersetoriais, utilizando modelos combinados como escolas e centros de referência de assistência social, também é uma estratégia importante para alcançar as crianças que deixaram de ser vacinadas.

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