Vacina contra a covid-19 protege gestantes de complicações
A vacinação contra a covid-19 em gestantes não apenas protege contra a infecção, mas também diminui os riscos de partos prematuros, morte fetal e anomalias congênitas. Essa é a conclusão de um estudo do tipo guarda-chuva, apresentado no Congresso da Sociedade Americana de Pediatria, que analisou mais de 200 estudos primários, reunindo dados de cerca de 1,2 milhão de gestantes.
A conclusão do estudo é que a vacina diminui em 58% o risco de infecção pela covid-19. Além disso, diversas complicações ocorreram em menor quantidade entre as mulheres vacinadas, incluindo:
- 34% menos partos prematuros antes das 28 semanas de gestação;
- 25% menos bebês natimortos;
- 17% menos anomalias congênitas;
- 9% menos admissões em unidade de terapia intensiva neonatal.
A presidente da Comissão Nacional de Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Susana Fialho, ressalta que esse efeito protetivo é muito importante, considerando os riscos que a infecção de covid-19 representa durante a gravidez. Ela destaca que a gestante tem alterações fisiológicas em vários sistemas, o que a torna mais vulnerável à doença.
Além disso, a vacinação das gestantes também ajuda a proteger os bebês recém-nascidos, que são um dos públicos mais vulneráveis à doença. O pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, afirma que a forma de proteger os bebês é vacinar a mãe na gestação, que vai fabricar anticorpos e proteger o nenê também.
Os especialistas reforçam a importância de os profissionais de saúde que acompanham as gestantes recomendarem a vacinação. Eles também destacam que a falta de informação ou a informação incorreta é uma das principais causas de hesitação vacinal, e que é fundamental levar informações de qualidade científica para os profissionais de saúde e as pacientes.
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link