Desenvolvimento de Plástico Adesivo a Partir de Óleo de Cozinha
Um grupo de cientistas conseguiu criar um tipo de plástico adesivo forte o suficiente para rebocar um carro, utilizando óleo de cozinha como matéria-prima. Esse avanço científico foi divulgado no site Live Science e publicado no periódico Journal of the American Chemical Society.
A equipe de cientistas teve como objetivo transformar um resíduo abundante de biomassa, como o óleo usado, em um polímero útil, com o intuito de criar novos materiais. O plástico produzido pelos cientistas tem resistência suficiente para rebocar um carro, o que demonstra seu potencial para aplicações práticas.
Processo de Conversão do Óleo em Plástico
Para criar o plástico, as moléculas de óleo foram quebradas através de reações químicas e posteriormente transformadas em produtos mais simples. A quebra e a modificação da estrutura molecular do óleo resultaram em álcool e éster, que combinados, permitiram que os pesquisadores criassem diferentes poliésteres.
Os cientistas realizaram testes para descobrir o ponto de fusão, a cristalinidade e as propriedades dos plásticos produzidos. Como resultado, descobriram que o produto é parecido com polietileno de baixa densidade (PEBD), plástico comumente utilizado em sacolas e embalagens plásticas.
Propriedades e Aplicações do Novo Plástico
O oxigênio contido na composição da molécula de éster contribui para que o poliéster forme ligações mais fortes e pegajosas. Para testar a força adesiva do polímero, ele foi colado em duas placas de aço inoxidável, e a estrutura foi capaz de aguentar um peso de 123 quilogramas, permanecendo firme e junta.
Além disso, os cientistas testaram colar as peças de aço para rebocar um carro de quatro portas em uma subida e não obtiveram problemas. Isso demonstra que o novo plástico adesivo é mais eficaz em comparação com os que são vendidos no mercado.
- As propriedades dos adesivos feitos a partir do óleo de cozinha são ideais para aplicações em laminados e colas usadas em embalagens, componentes automotivos, dispositivos médicos e eletrônicos.
- Os novos poliésteres podem ser quebrados e reconstruídos em plásticos novamente, sem perder a qualidade.
- Alguns deles podem ser reciclados com plásticos comuns, como polietileno de alta densidade e polipropileno, sem atrapalhar o processo.
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