Ter Filho Depois dos 30: Um Novo Capítulo para a Longevidade Feminina
A ideia de que quanto mais cedo uma mulher tem filhos, melhor, é um conceito que está sendo desafiado por uma nova pesquisa publicada pela revista científica eLife. O estudo, conduzido por pesquisadores do Buck Institute for Research on Aging, na Califórnia, revela que a puberdade e o parto precoces podem dobrar o risco de doenças graves e acelerar o envelhecimento nas mulheres.
Os pesquisadores analisaram dados genéticos de quase 200 mil mulheres do banco de dados UK Biobank, no Reino Unido, e concluíram que as vantagens reprodutivas no início da vida podem, paradoxalmente, cobrar um preço alto mais tarde. Meninas que menstruam antes dos 11 anos ou que dão à luz antes dos 21 anos têm o dobro de risco de desenvolver diabetes tipo 2, insuficiência cardíaca e obesidade.
Os Riscos da Reprodução Precoce
- Doenças graves, como diabetes tipo 2 e insuficiência cardíaca
- Obesidade e distúrbios metabólicos
- Envelhecimento acelerado
O estudo reforça a teoria da Pleiotropia Antagônica, que prega que certos traços considerados vantajosos na juventude, como a fertilidade precoce, podem ter efeitos negativos na velhice. Além disso, o estudo aponta que o Índice de Massa Corporal (IMC) é um mediador importante nesse processo, e que eventos reprodutivos precoces contribuem para um IMC mais alto, o que aumenta o risco de doenças metabólicas.
Os Benefícios da Reprodução Tardia
- Expectativa de vida mais longa
- Menor fragilidade e envelhecimento epigenético mais lento
- Menor risco de doenças relacionadas à idade, como diabetes tipo 2 e Alzheimer
O estudo sugere que ter filhos mais tarde pode não ser um risco, e sim um sinal dos novos tempos. Compreender as compensações biológicas pode permitir que as mulheres façam escolhas mais informadas sobre saúde, estilo de vida e cuidados médicos. Além disso, a pesquisa pode ajudar a desenvolver tratamentos personalizados, adaptados ao perfil biológico de cada mulher.
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