Taylor Swift deu início a um novo capítulo de sua carreira com a escolha de uma cor que surpreendeu seus fãs: o laranja. A tonalidade domina o logotipo, o site oficial, as fotos promocionais e até a edição em vinil de The Life of a Showgirl, álbum que chega ao público em 3 de outubro.
Mas a decisão não foi aleatória. Em entrevista ao podcast “New Heights”, a cantora explicou a escolha:
“Eu sempre gostei de laranja. Ele traduz a energia da minha vida no momento. Esse álbum reflete o que acontecia nos bastidores da minha mente durante a turnê The Eras Tour, que foi tão elétrica, intensa e vibrante”, disse.
A turnê, que contou com 149 shows em quase dois anos, arrecadou cerca de US$ 2 bilhões, consolidando-se como um marco histórico da música ao vivo. Cada apresentação durava três horas, reforçando o fôlego e o alcance de Swift no cenário global.
Parceria com velhos conhecidos
As gravações de The Life of a Showgirl ocorreram em segredo, durante pausas na turnê, com viagens à Suécia. Lá, Taylor retomou a colaboração com Max Martin e Shellback, dupla responsável por alguns de seus maiores sucessos.
“Foi especial. Não fazíamos algo juntos há quase oito anos. Só nós três, sem mais ninguém, e a sensação era de capturar um raio em uma garrafa. Eles são gênios de maneiras únicas e trabalhar novamente com eles foi extraordinário”, afirmou a artista.
Taylor Swift revela bastidores da compra de seus masters originais
Na última quarta-feira (13), Taylor Swift participou do programa New Heights, apresentado por seu namorado, o jogador do Kansas City Chiefs, Travis Kelce, e por seu cunhado, o ex-jogador Jason Kelce. A presença da cantora, que já havia movimentado a internet com o anúncio do lançamento de seu 12º álbum de estúdio, tornou-se ainda mais marcante por revelar um momento histórico em sua carreira: pela primeira vez, ela falou abertamente sobre a compra dos masters originais de seus álbuns. Embora já tivesse publicado uma carta anunciando a aquisição, dessa vez Taylor mergulhou em detalhes inéditos sobre o processo de negociação.
Durante a conversa, Taylor Swift relembrou que jamais imaginou que seria possível recuperar os direitos de suas gravações originais. Desde o início de sua trajetória artística, ainda adolescente, ela guardava dinheiro com o sonho de um dia adquirir esses masters, sonho que parecia inalcançável. Em um gesto incomum no mundo da música, optou por não enviar empresários ou advogados para intermediar a compra. Em vez disso, incumbiu sua mãe, Andrea Swift, e seu irmão, Austin Swift, de conduzir o contato com a empresa Shamrock Holdings. Essa estratégia, segundo ela, foi decisiva para que o acordo fosse fechado.
“Eu pensava em não ser dona da minha música todos os dias. Era um pensamento intrusivo que me acompanhava constantemente… Alguns meses depois do Super Bowl, em Kansas City, recebi uma ligação da minha mãe dizendo: ‘Você recuperou sua música’. Muito dramaticamente, caí no chão de verdade, chorando copiosamente e perguntando: ‘Sério!?’”, relatou Taylor, descrevendo a emoção ao receber a notícia de que o negócio havia sido concretizado.
Taylor Swift também compartilhou como foi contar a novidade para Travis Kelce, um momento carregado de emoção que, segundo ela, se tornou inesquecível. “Pensei comigo mesma: ‘Vá contar para o Travis de um jeito normal’. Ele estava jogando videogame, tirou o fone de ouvido, e eu disse: ‘Recuperei minha música!’, enquanto chorava compulsivamente. Isso mudou a minha vida.”
O anúncio oficial da compra dos masters originais foi feito no dia 30 de maio deste ano, coroando uma batalha iniciada em 2018, quando Taylor começou sua luta para reaver os direitos de seu próprio trabalho. Conhecida por sua postura firme na defesa dos artistas, como no episódio em 2014, quando se posicionou contra certas práticas das plataformas de streaming. Ela investiu anos em regravar seus álbuns para retomar o controle de seu catálogo. Após quatro lançamentos sob o selo Taylor’s Version, a artista agora retoma o lançamento de material inédito.
Taylor Swift agradece colaborações
Além de comentar sobre a compra, Taylor Swift dedicou parte da entrevista para agradecer o apoio que recebeu ao longo do ciclo de regravações, tanto de fãs quanto de colegas de profissão. Entre 2021 e 2024, lançou Fearless (Taylor’s Version), Red (Taylor’s Version), Speak Now (Taylor’s Version) e 1989 (Taylor’s Version) — álbuns que não apenas resgataram seus sucessos originais, mas também trouxeram faixas inéditas.
“Sou imensamente grata aos artistas que me ajudaram com as regravações. Quando comecei, em 2021, a maioria das pessoas na indústria dizia: ‘Isso não é uma boa ideia. Ela está desviando a carreira, ninguém vai querer ouvir o mesmo álbum duas vezes, os fãs não vão se engajar, isso não vai funcionar para ela’.”
Taylor Swift citou nominalmente alguns dos artistas que colaboraram nas novas versões: “Pude entrar em contato com amigos como Phoebe Bridgers, Keith Urban, Maren Morris, Chris Stapleton, Hayley Williams, Fall Out Boy… todos os artistas incríveis que, de alguma forma, ajudaram a moldar quem eu sou. Eles aceitaram fazer parte dessas regravações.”
Por fim, Taylor Swift revelou que, entre todas as novas versões, sua favorita é Red (Taylor’s Version), um álbum que, para ela, representa um marco tanto emocional quanto artístico em sua carreira.