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Em um movimento permanente de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, a Santa Casa de Porto Alegre lançou nesta segunda-feira (1º) a campanha “A vida cabe no seu sim”. O conceito da ação propõe uma reflexão a partir de duas dimensões: o sim, associado ao ato de conversar com a família e manifestar a vontade de ser doador; e a vida, que representa a esperança de uma nova oportunidade para quem aguarda por um transplante. “A negativa familiar continua sendo um dos maiores entraves para que os pacientes tenham acesso ao transplante. Sem a redução desse índice, temos visto uma lista que não para de crescer. Cada recusa impede que órgãos saudáveis sejam utilizados, prolongando o tempo de espera e comprometendo as chances de sucesso de centenas de transplantes”, reforça o diretor médico do Centro de Transplantes da Santa Casa, José de Jesus Camargo. “Hoje temos ainda mais certeza de que precisamos conversar sobre doação e deixar claro para nossos familiares a nossa vontade. Esse ‘sim’ pode mudar muitas histórias”. O relato é de Simone Martins Ribeiro, que, em maio, enfrentou a despedida do pai, um momento de dor marcado por uma decisão que se transformou em conforto. “Nós já tínhamos conversado em família sobre a vontade do nosso pai em ser doador. Quando recebemos a notícia da morte encefálica, a decisão foi natural. Saber que os rins dele salvaram outras pessoas trouxe alívio e orgulho. É como se uma parte dele continuasse viva, ajudando quem tanto precisava”, disse. A família de Ricardo Mathias Storcker também transformou a despedida da mãe em um gesto de solidariedade, decisão que foi compartilhada entre pai e filho. “Ao sermos abordados pela equipe e pela forma cuidadosa como conduziram a conversa, não hesitamos em autorizar a doação. Saber que a vida da mãe representaria a oportunidade de recomeço para outras pessoas trouxe um novo sentido à sua partida”, relatou Ricardo. Histórias como as de Simone e Ricardo reforçam, antes de tudo, a importância do diálogo familiar e, a partir dele, o impacto transformador que a doação pode gerar. “Doar órgãos é sublimar o sofrimento da própria perda, para que famílias desconhecidas sejam poupadas da mesma dor que lhes vara o coração. Difícil imaginar um gesto de amor maior do que esse”, reflete Camargo. Lista de espera chega a 80 mil Segundo monitoramento de 27 de agosto do Ministério da Saúde, 80.072 pessoas aguardam na lista de espera por transplantes no Brasil – 46.956 à espera de um órgão (rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas) e 33.116 por…
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