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Reler conversas antigas revela algo sobre seu emocional — psicólogo explica

Reler conversas antigas: um reflexo do emocional

Reler conversas antigas no WhatsApp ou no Instagram pode parecer um hábito inofensivo, mas, segundo psicólogos, ele pode revelar muito sobre o nosso emocional. O especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Rodrigo Acioli, explica que esse comportamento pode ser uma tentativa de reviver emoções positivas ou entender o que deu errado em relacionamentos passados.

O ato de voltar a mensagens antigas pode nascer de diferentes impulsos, como a curiosidade ou a busca por respostas para entender o presente. “Às vezes, aquela conversa carrega sentimentos positivos que a pessoa quer reviver — relembrar sensações, emoções”, diz Acioli. Em outros momentos, a motivação é a busca por novas percepções, como acontece quando revisitamos um livro.

Emoções felizes e negativas: o mesmo mecanismo, sentidos distintos

O impacto emocional da releitura depende do conteúdo acessado. Conversas felizes tendem a despertar sorrisos e emoções positivas, enquanto mensagens ligadas a momentos difíceis podem trazer tristeza, raiva ou angústia. “O mecanismo de funcionamento é o mesmo, mas sempre associamos momentos bons ou ruins às experiências”, diz o psicólogo.

Com o tempo, no entanto, essas memórias podem ser ressignificadas. Situações que antes pareciam dolorosas podem ganhar novos significados, revelando formas diferentes de carinho ou intenções que não foram percebidas na época.

O perigo dos gatilhos emocionais

Revisitar conversas não significa apenas reler palavras. Muitas vezes, o conteúdo funciona como um gatilho que nos transporta para a época em que foi escrito. “Essas memórias nunca foram embora; estavam guardadas. O acesso a esses conteúdos funciona como um gatilho, puxando outras lembranças, outras informações, outras circunstâncias”, explica Acioli.

Esse fenômeno está ligado ao saudosismo. Ao reler mensagens de plataformas antigas ou conversas de anos atrás, lembramos do que foi dito, quem estava conosco, como nos comportávamos e até da forma como escrevíamos.

Quando o hábito deixa de ser saudável

O hábito de revisitar conversas antigas torna-se prejudicial quando passa a interferir no cotidiano, prendendo a pessoa mais ao passado do que ao presente ou ao futuro e comprometendo relações pessoais e profissionais. “Outro sinal importante é quando pessoas próximas — amigos, familiares, profissionais — alertam sobre isso. O olhar de fora ajuda muito”, destaca Acioli.

Para melhorar, é essencial reconhecer a necessidade de ajuda e buscá-la. “Psicólogos e psiquiatras são os profissionais preparados para isso”, reforça o especialista. A conscientização é o primeiro passo, mas não basta. É fundamental ter coragem de buscar ajuda e admitir a necessidade de apoio.

  • Reler conversas antigas pode ser um reflexo do emocional.
  • O hábito pode ser uma tentativa de reviver emoções positivas ou entender o que deu errado em relacionamentos passados.
  • O impacto emocional da releitura depende do conteúdo acessado.
  • O hábito pode ser prejudicial quando passa a interferir no cotidiano e comprometer relações pessoais e profissionais.

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