Ortorexia Nervosa: O Perigo da Obsessão pela Alimentação Saudável
A busca por uma alimentação saudável é fundamental para o bem-estar e a prevenção de doenças. No entanto, em alguns casos, essa busca pode se tornar uma obsessão, conhecida como ortorexia nervosa. Essa condição é caracterizada por uma preocupação excessiva com a “pureza” e a qualidade dos alimentos, levando a comportamentos rígidos, ansiedade, isolamento social e desequilíbrios nutricionais.
Um estudo recente, publicado na revista Psychology, Health & Medicine, identificou características de pessoas mais suscetíveis a desenvolver essa relação problemática com a comida. O estudo analisou 1.359 brasileiros fisicamente ativos e encontrou que a ortorexia nervosa é mais comum entre mulheres, pessoas desempregadas, com histórico de transtornos alimentares e que seguem dietas restritivas com foco estético.
De acordo com o estudo, o interesse saudável pela alimentação está ligado a fatores como maior idade, prática regular de exercícios, ausência de cirurgias estéticas e uso moderado de suplementos. Já a ortorexia nervosa foi associada a uma rigidez cognitiva e uma busca excessiva por controle, que podem gerar culpa, ansiedade e evitar o convívio social.
- A prática frequente de exercício físico pode ser um instrumento de promoção da saúde, mas, quando combinada com rigidez extrema e preocupação estética, pode se tornar parte do problema.
- O desemprego pode agravar o quadro ao aumentar o estresse e desorganizar a rotina.
- A busca por uma alimentação saudável deve ser equilibrada e não deve se tornar uma obsessão.
É fundamental resgatar o equilíbrio na relação com a comida e compreender que uma alimentação verdadeiramente saudável é aquela que nutre o corpo, a mente e as relações sociais. Isso não significa buscar prazer constante em alimentos hiperpalatáveis, mas reconhecer que, eventualmente, um alimento pode fazer parte da alimentação por outro motivo, como o de proporcionar bem-estar, conforto ou vínculo social.
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