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Probióticos podem ser benéficos para pessoas com ansiedade, sugere estudo brasileiro

Probióticos e Ansiedade: Um Estudo Brasileiro Sugere Benefícios

O intestino, frequentemente chamado de “segundo cérebro”, desempenha um papel crucial na regulação do humor e das funções cognitivas. Isso ocorre devido à presença de mais de 100 milhões de células nervosas e à produção de serotonina, um neurotransmissor associado ao bem-estar. O eixo intestino-cérebro é responsável por essa conexão, e cientistas têm se interessado cada vez mais por entender como esses dois órgãos vitais interagem.

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros investigou o potencial de probióticos específicos em trazer benefícios neuroquímicos para pessoas com ansiedade que usam antidepressivos. A pesquisa, publicada na revista científica Pharmaceuticals, utilizou um simulador do microbioma intestinal humano para explorar o efeito dos probióticos na restauração do equilíbrio da microbiota intestinal.

Como Funciona o Eixo Intestino-Cérebro

De acordo com Katia Sivieri, cientista da Unesp e uma das principais autoras do estudo, “intestino e cérebro estão em diálogo constante” por meio do eixo microbiota-intestino-cérebro. Esse sistema de via dupla envolve nervos, hormônios e substâncias químicas produzidas pelas bactérias intestinais, desempenhando um papel importante na manutenção da saúde.

Os trilhões de microrganismos que vivem no intestino são essenciais para processos como digestão e defesa do organismo. No entanto, quando há um desequilíbrio na microbiota intestinal (disbiose), alterações metabólicas e inflamações podem surgir, afetando tanto a saúde física quanto a mental.

Resultados do Estudo

O estudo utilizou um modelo de alta qualidade, o SHIME, para simular o ambiente intestinal e testar o efeito de duas cepas probióticas específicas (Lactobacillus helveticus R0052 e Bifidobacterium longum R0175) em quatro adultos com ansiedade que usavam antidepressivos. Após 14 dias de suplementação, os resultados mostraram uma aumento na presença de bactérias benéficas, redução de inflamações, fortalecimento da barreira intestinal e melhoria do ambiente metabólico do cólon.

Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores ressaltam que validações por ensaios clínicos ainda são necessárias. Além disso, é importante destacar que nenhuma suplementação probiótica substitui o tratamento médico, e seu uso deve ser considerado como um complemento para lidar com alterações intestinais.

  • Os probióticos podem ser benéficos para pessoas com ansiedade que usam antidepressivos.
  • O eixo intestino-cérebro desempenha um papel crucial na regulação do humor e das funções cognitivas.
  • A disbiose pode afetar tanto a saúde física quanto a mental.

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