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Portaria da UFC e o Uso da IA no Ensino Superior

A Universidade Federal do Ceará (UFC) publicou recentemente a Portaria nº 39/2025, que estabelece normas para o uso da inteligência artificial (IA) na instituição. Essa medida reacendeu o debate sobre o papel da IA no ensino superior e suas implicações para docentes e estudantes.

De acordo com especialistas, como Rafael Cardoso Sampaio e Raquel Lobão, a portaria pode representar um retrocesso na integração das tecnologias de IA ao cotidiano acadêmico. Eles criticam a obrigatoriedade de submeter trabalhos a sistemas de verificação, como o Turnitin, que podem ser imprecisos e apresentar falsos positivos e falsos negativos.

Além disso, a geração de “conteúdo original, interpretações ou análises críticas” está entre os usos proibidos da IA na universidade, o que pode desestimular o uso das ferramentas e criar uma zona cinzenta perigosa para os estudantes e docentes.

Posicionamento da UFC

A Universidade Federal do Ceará defendeu a portaria, afirmando que seu objetivo é orientar a comunidade acadêmica sobre as responsabilidades do uso da IA no dia a dia. A instituição ressalta que o documento não proíbe a utilização dessas tecnologias e que não tem caráter punitivo.

A UFC destaca que as IAs podem continuar sendo utilizadas como apoio auxiliar, desde que o uso seja declarado e não substitua o “raciocínio crítico e autoral do pesquisador”. No entanto, especialistas argumentam que a abordagem da universidade pode ser ambígua e desestimular o uso das ferramentas.

Impacto no Ensino Superior

O debate sobre o uso da IA no ensino superior é complexo e envolve questões éticas, pedagógicas e tecnológicas. A formação de pesquisadores capazes de utilizar a IA de forma crítica, ética e produtiva é fundamental para o desenvolvimento da sociedade.

Uma abordagem diferente, focada na formação, pode ser necessária para garantir que os estudantes e docentes estejam preparados para utilizar as tecnologias de IA de forma eficaz e responsável. A universidade deve reconhecer que a IA generativa já está presente na realidade de professores e alunos e que sua função é formar pesquisadores capazes de utilizá-la de forma crítica e produtiva.

  • A Portaria nº 39/2025 da UFC estabelece normas para o uso da IA na instituição.
  • Especialistas criticam a obrigatoriedade de submeter trabalhos a sistemas de verificação.
  • A geração de “conteúdo original, interpretações ou análises críticas” está entre os usos proibidos da IA na universidade.
  • A UFC defende a portaria, afirmando que seu objetivo é orientar a comunidade acadêmica sobre as responsabilidades do uso da IA.

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