O Fascínio por Vídeos de Espinhas e Cravos
Quando navegamos pelas redes sociais, é comum depararmos com vídeos de espinhas e cravos sendo espremidos. Esses conteúdos podem parecer repulsivos para alguns, mas para outros, eles são fascinantes. A pergunta é: por que as pessoas se sentem atraídas por esses vídeos?
De acordo com o pesquisador James Sherlock, da Universidade de Queensland, na Austrália, o fascínio por vídeos de espinhas e cravos pode ser comparado ao fascínio por filmes de terror. Ambos permitem que as pessoas se expõem a estímulos altamente estimulantes, provocando respostas fisiológicas específicas em preparação para uma reação a algo que evoluímos para detestar fortemente.
Um estudo realizado pela Universidade de Graz, na Áustria, em 2021, criou a “Escala de prazer em estourar espinhas” (PPES) para medir o prazer que as pessoas sentem ao assistir a esses vídeos. O estudo descobriu que as pessoas que pontuam alto na PPES têm maior atividade na parte frontal do cérebro e menor desativação de áreas cerebrais relacionadas ao prazer, além de sentirem menos repulsa.
- A curiosidade mórbida: o prazer de ver vídeos de espinhas pode estar relacionado à curiosidade por conteúdo negativo, como morte e violência.
- O masoquismo benigno: o prazer vindo de experiências negativas da vida cotidiana, como a queimação causada por uma pimenta.
- A ativação das partes do cérebro que geram prazer: os vídeos de espinhas permitem que as pessoas se envolvam com as próprias emoções negativas sem se colocar em perigo.
Em resumo, o fascínio por vídeos de espinhas e cravos pode ser explicado por uma combinação de fatores, incluindo a curiosidade mórbida, o masoquismo benigno e a ativação das partes do cérebro que geram prazer. Embora esses conteúdos possam parecer repulsivos para alguns, eles são fascinantes para outros, e a ciência está começando a entender por quê.
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