bukib
0 bukibs
Columbus, Ohio
Hora local: 12:38
Temperatura: °C
Probabilidade de chuva: %

Por que doenças como dengue e zika são grandes ameaças a gestantes e bebês no Brasil

Doenças como dengue e zika: ameaças à saúde de gestantes e bebês no Brasil

As arboviroses, doenças transmitidas por artrópodes como mosquitos e carrapatos, continuam sendo uma grande ameaça à saúde de gestantes e recém-nascidos no Brasil. Um estudo recente publicado na revista Nature Communications revelou que infecções por vírus como zika, dengue e chikungunya estão associadas a um aumento expressivo de complicações perinatais, incluindo parto prematuro, baixo peso ao nascer e anomalias congênitas.

O estudo, conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), analisou 6,9 milhões de nascimentos ocorridos no Brasil entre 2015 e 2020. Os resultados mostraram que as mães de bebês nascidos vivos que tiveram dengue, zika ou chikungunya durante a gestação apresentaram maior risco de complicações, incluindo parto prematuro, baixo peso ao nascer e morte neonatal.

  • As mulheres com chikungunya apresentaram maior risco de parto prematuro, baixo Apgar e morte neonatal, especialmente quando a infecção ocorreu no segundo ou terceiro trimestre da gravidez.
  • A dengue causou febre alta, desidratação, alterações na coagulação e queda de plaquetas, levando a sofrimento fetal e antecipação do parto.
  • A infecção por zika manteve-se como a arbovirose mais preocupante, com vínculo entre infecção materna e maior incidência de malformações congênitas, além de baixo peso e aumento da mortalidade neonatal.

Os especialistas destacam a importância do acompanhamento médico durante toda a gestação, especialmente para gestantes com suspeita ou confirmação dessas infecções. O ideal é confirmar o diagnóstico, monitorar o feto com ultrassonografias seriadas e avaliar sinais de alarme materno.

Além disso, é fundamental tratar as arboviroses como questão de saúde materno-infantil, e não apenas infecciosa, para reduzir o impacto sobre mães e bebês. Com vigilância adequada, diagnóstico precoce e atenção obstétrica, é possível reduzir drasticamente os desfechos graves.

Este conteúdo pode conter links de compra.

Fonte: link