Por que custa tão caro consertar a tela do celular?
Ter que consertar a tela do celular é uma experiência frustrante, especialmente quando os preços do reparo chegam perto do valor de um aparelho totalmente novo. De acordo com a empresa de seguros Allstate, os gastos totais com consertos de telas de celulares atingiram US$ 8,3 bilhões em 2023, um valor três vezes maior do que os US$ 3,4 bilhões registrados em 2018.
O custo médio por conserto ou substituição de tela é de US$ 302, que é o equivalente ao preço de um celular intermediário básico. Além disso, 47% dos entrevistados acham que o preço justo seria metade do valor atual, e 39% das pessoas adiam o conserto por falta de dinheiro.
Principais motivos para o alto custo
O alto custo não pode ser atribuído a apenas um motivo, mas se mostra como uma união de fatores. Kyle Wiens, da empresa especializada em consertos iFixit, culpa as grandes empresas por dificultar os reparos com peças e ferramentas proprietárias. Além disso, especialistas apontam que fabricantes criariam “pontos fracos planejados”, fazendo com que reparos caros incentivem a compra de novos aparelhos.
Outros fatores que contribuem para o alto custo incluem:
- A necessidade de remover diversos outros componentes internos para trocar o display, o que aumenta o preço da mão de obra.
- O uso de peças proprietárias, que podem ser mais caras do que as peças genéricas.
- A restrição de reparo impostas por algumas marcas, que podem exigir a uso de peças originais para garantir a funcionalidade do aparelho.
- A complexidade técnica das telas atuais, que integram sensores táteis, chips de controle e biometria.
A tela é um dos componentes mais caros do celular, com um custo que pode variar de acordo com a categoria e idade do dispositivo. De acordo com estimativas recentes, o painel do iPhone 17 Pro Max custa cerca de US$ 80, um preço comparável apenas a componentes como o chip A19 Pro e o modem de conectividade 5G.
Consertar em casa: uma opção arriscada
Diante dos altos custos, algumas pessoas procuram pela chamada opção DIY, ou “faça você mesmo”. No entanto, essa opção é mais barata, mas também arriscada, pois um erro pode causar danos adicionais e irreparáveis ao aparelho.
Movimentos como o “Right to Repair” buscam obrigar fabricantes a liberarem peças e instruções de reparo, argumentando que a restrição de reparos é uma estratégia comercial que prejudica o mercado de produtos usados.
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