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Planeta vai ter 57 dias superquentes por ano até o fim do século, estima estudo

Um Futuro Aquecido: O Planeta Enfrentará 57 Dias Superquentes por Ano Até o Fim do Século

De acordo com um novo relatório das organizações World Weather Attribution e Climate Central, a Terra está prestes a vivenciar um aumento significativo nos dias superquentes. O estudo estima que, até o final do século, o planeta enfrentará 57 dias superquentes por ano, onde a temperatura ultrapassará 90% dos registros históricos locais.

Embora a notícia não seja positiva, os pesquisadores destacam que o cenário poderia ser pior se os esforços iniciados em 2015, com o Acordo de Paris, não tivessem sido feitos. Sem esses esforços, o mundo poderia enfrentar até 114 dias de calor extremo por ano até 2100. A vice-presidente de Ciência do Climate Central, Kristina Dahl, afirma que “haverá dor e sofrimento por causa das mudanças climáticas”, mas que a diferença entre um aquecimento de 4°C e de 2,6°C mostra que as ambições globais dos últimos dez anos estão fazendo efeito.

Um Planeta Cada Vez Mais Quente

O relatório destaca que o mundo aqueceu cerca de 0,3°C desde 2015, atingindo uma temperatura média 1,35°C acima dos níveis pré-industriais. Esse pequeno aumento foi suficiente para adicionar 11 dias superquentes a cada ano em média. Se a tendência atual de emissões continuar, e o aquecimento global chegar a 2,6°C, o planeta verá um salto de 57 dias superaquecidos adicionais em relação ao presente.

Os países mais pobres e vulneráveis serão os mais atingidos pelas mudanças climáticas. Países insulares e tropicais, como Ilhas Salomão, Samoa, Panamá e Indonésia, devem enfrentar mais de 140 dias superquentes adicionais por ano, apesar de contribuírem com apenas 1% das emissões globais de gases de efeito estufa.

Impacto sobre a Vida Humana

Os efeitos desse aquecimento já são visíveis em várias partes do planeta. Na Europa, as ondas de calor que atingem o sul do continente tornaram-se 70% mais prováveis de ocorrer e 0,6°C mais quentes do que seriam há apenas uma década. Em 2023, o fenômeno quebrou recordes de temperatura, provocou aumento súbito na mortalidade, sobrecarga nos sistemas elétricos e perdas agrícolas significativas.

O estudo aponta que eventos como esse se tornaram 86% mais prováveis desde 2015 e estão 0,3°C mais quentes. Além disso, projetou-se que, até 2100, essas ocorrências poderão ser 3,5°C mais severas. Já na Amazônia, o ano de 2023 marcou a estação seca mais quente e longa da história, em parte impulsionada por temperaturas elevadas recordes.

  • O relatório pede cortes rápidos e sustentados nas emissões de combustíveis fósseis.
  • Medidas urbanas e sociais para proteger populações vulneráveis, como moradias adaptadas, áreas verdes, transporte público com sombra e leis trabalhistas específicas para o calor extremo.
  • O progresso ainda é desigual e lento, com metade dos países do mundo possuindo alertas para temperaturas extremas e apenas 47 contando com planos nacionais de ação.

Em resumo, o relatório destaca a importância de continuar os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e proteger as populações vulneráveis. O aquecimento global é um desafio que requer ação imediata e cooperação internacional para mitigar seus efeitos.

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