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Piercing nas orelhas eram um dos primeiros ritos de passagem maias, aponta pesquisa

Piercing nas Orelhas: Um Rito de Passagem Maia

A perfuração das orelhas é uma prática comum em muitas culturas, incluindo a nossa. No entanto, para os antigos maias, essa prática carregava um significado muito mais profundo. De acordo com uma pesquisa recente publicada na revista Childhood in the Past, a perfuração das orelhas era um dos primeiros ritos de passagem da infância maia, e ajudava a “construir” a própria alma da pessoa.

A pesquisa analisou 83 representações iconográficas de crianças em imagens dos períodos Clássico e Pós-Clássico, além de fontes etno-históricas e etnográficas. A conclusão aponta que a perfuração das orelhas era realizada entre os 3 ou 4 meses e 1 ano de idade, e que os brincos eram considerados extensões do ik’, a respiração vital do indivíduo.

A Alma Maia

Para os grupos maias Ch’ol e Tzotzil, a alma dos antigos maias era formada por 13 partes, que precisavam ser consolidadas por meio de rituais para evitar doenças ou mesmo a morte. A maioria desses componentes que formam a alma estavam localizados na cabeça, incluindo o baah (identidade e personalidade), o ik’ (respiração ou vento) e o ohlis (memória e racionalidade do coração).

A perfuração das orelhas se somava a outros ritos fundamentais da infância, como a modelagem craniana, modificações dentárias e o recebimento de roupas de acordo com o gênero. Além disso, os ornamentos de orelha eram considerados símbolos da respiração e do sopro vital, e eram frequentemente retratados com o glifo ik’.

Outras Práticas

Os maias não eram o único povo pré-colombiano a fazer as perfurações. Os astecas também o faziam, mas de uma maneira diferente. A perfuração asteca era feita por especialistas durante cerimônias especiais, enquanto a perfuração maia pode ter sido realizada por membros da família ou por sacerdotes.

Os rituais podiam ser prolongados, caso o indivíduo se submetesse a alargamento das suas orelhas. Os ornamentos de orelha eram feitos de materiais como jade, conchas marinhas e cerâmica, e eram considerados símbolos de status social.

  • A perfuração das orelhas era um rito de passagem importante na infância maia.
  • Os brincos eram considerados extensões do ik’, a respiração vital do indivíduo.
  • A alma maia era formada por 13 partes, que precisavam ser consolidadas por meio de rituais.

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