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Pesquisas revelam preocupação com crianças em extremos climáticos

Dois estudos recentemente divulgados apontam para os efeitos devastadores dos extremos climáticos nas crianças. Uma pesquisa encomendada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal ao Datafolha revela que mais de 80% dos brasileiros temem pelos efeitos das mudanças climáticas em bebês e crianças de 0 a 6 anos.

Os principais medos se concentram em impactos sobre a saúde, com 71% das pessoas manifestando essa preocupação, destacando doenças respiratórias como uma das principais consequências. Além disso, 39% dos entrevistados mencionam o maior risco de desastres, como enchentes, secas e queimadas, e 32% citam a dificuldade em acessar água limpa e comida.

Consequências dos extremos climáticos

Outro estudo, conduzido por cientistas do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e outros institutos, corrobora essas preocupações. Ele indica que bebês em período neonatal são os mais afetados pelo frio, com um risco 364% maior de morrer em condições extremas. Já o calor extremo afeta mais as crianças entre 1 e 4 anos, com um risco 85% maior.

Os pesquisadores analisaram mais de 1 milhão de mortes de menores de 5 anos ao longo de 20 anos e concluíram que o risco de mortalidade nessa faixa etária é 95% maior no frio extremo e 29% maior no calor extremo do que nos dias com temperatura amena.

Vulnerabilidade das crianças

As crianças são mais vulneráveis aos efeitos das mudanças de temperatura porque seus corpos ainda não desenvolveram totalmente os mecanismos de regulação térmica. Isso as torna mais suscetíveis a problemas como insolação, desidratação, doenças respiratórias e infecciosas nos dias quentes, e hipotermia, complicações respiratórias e metabólicas nos dias frios.

Os dados também indicam variações regionais quanto aos impactos climáticos no Brasil, com o Sul apresentando o maior aumento na mortalidade relacionada ao frio e o Nordeste apresentando o maior aumento na mortalidade relacionada ao calor.

É fundamental que sejam tomadas medidas para proteger as crianças, que são as menos culpadas pela emergência climática, mas são as mais afetadas. A conscientização da população e a implementação de políticas públicas eficazes são essenciais para mitigar os efeitos dos extremos climáticos nas crianças.

  • Preocupação com a saúde das crianças em face dos extremos climáticos.
  • Impactos dos extremos climáticos na mortalidade infantil.
  • Necessidade de medidas para proteger as crianças dos efeitos das mudanças climáticas.

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