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Pesquisa brasileira desvenda como certos tipos de câncer de mama “driblam” tratamento

Pesquisa Brasileira Avança no Entendimento do Câncer de Mama

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros fez uma importante descoberta sobre a proteína HER2, ligada a certos tipos de câncer de mama. Até então, eram conhecidas 13 variações dessa proteína, mas o estudo elevou esse número para 90, o que pode explicar a resistência a terapias específicas.

A HER2 é uma proteína que desempenha um papel importante no controle do crescimento das células, mas em certos tipos de câncer, sua produção fica permanentemente ativada, estimulando um crescimento descontrolado das células cancerígenas. Os casos ligados à hiperexpressão de HER2 representam cerca de 20% de todos os tipos de câncer de mama no Brasil.

Descobertas e Implicações

O estudo, publicado na revista Genome Research, revelou padrões distintos de domínios proteicos e de localização nas células, com novas áreas de ligação a anticorpos. Isso pode explicar a resistência a terapias que visam a forma padrão da proteína HER2, ampliando a compreensão da doença e abrindo possibilidades para a busca de medicamentos mais direcionados.

Os pesquisadores trabalharam com 561 amostras primárias de câncer de mama e avaliaram linhagens celulares cultivadas em laboratório, sensíveis ou resistentes a drogas como trastuzumabe e conjugados anticorpo-fármaco (ADCs). As análises usaram tecnologias avançadas de leitura genética, permitindo detectar detalhes invisíveis em avaliações mais comuns.

Próximos Passos

Entre os próximos passos do grupo de pesquisa estão a ampliação das análises para outros tipos de câncer, como o de pulmão, e a validação clínica das hipóteses formuladas. Os cientistas pretendem investigar se o padrão de expressão das isoformas de HER2 influencia a resposta a tratamentos em pacientes que já receberam terapias anti-HER2.

  • O estudo pode levar a uma melhor compreensão da variabilidade da resposta ao tratamento do câncer de mama.
  • A descoberta de novas variações da proteína HER2 pode abrir caminho para o desenvolvimento de medicamentos mais específicos e eficazes.
  • A pesquisa pode contribuir para a redução da incidência e da mortalidade por câncer de mama no Brasil.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o câncer de mama é um dos tipos mais incidentes entre as mulheres no Brasil e a principal causa de morte por tumor na população feminina. Com essa pesquisa, há esperança de que novas abordagens terapêuticas possam ser desenvolvidas para combater essa doença.

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