Violência Contra Mulheres: Um Problema Persistente
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório alarmante sobre a violência contra mulheres em todo o mundo. De acordo com os dados, quase uma em cada três mulheres, cerca de 840 milhões, já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. Essa estatística praticamente não mudou desde o ano 2000, o que indica que o progresso na redução da violência contra mulheres tem sido dolorosamente lento.
Os dados mais recentes mostram que, nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. Além disso, 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais foram vítimas de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. Esses números são significativamente subnotificados devido ao estigma e ao medo.
Riscos e Consequências
As mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. Além disso, a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam.
Os riscos são ainda mais altos para mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas. A Oceania, por exemplo, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global.
Apelo à Ação
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, é necessário:
- Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
- Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
- Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
- Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.
É fundamental que os governos e a sociedade como um todo tomem ações decisivas para combater a violência contra mulheres e meninas. A igualdade e a dignidade das mulheres são pré-requisitos para a paz, o desenvolvimento e a saúde.
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