Obsolescência Programada: O Que Está Por Trás da Curta Durabilidade dos Celulares?
Se você já notou que seu celular parece perder eficiência ou apresentar defeitos após pouco tempo de uso, não está sozinho. A durabilidade dos smartphones tem se tornado uma preocupação crescente entre os consumidores. Uma das explicações mais discutidas para isso é a obsolescência programada, que sugere que os eletrônicos são fabricados com a intenção de durar pouco.
De acordo com o engenheiro eletricista Voldi Costa Zambenedetti, professor da PUCPR, “qualquer equipamento, construído com vários componentes, terá uma vida útil que será uma média ponderada da vida útil daqueles componentes individualmente”. Isso significa que cada parte de um dispositivo possui um tempo de funcionamento esperado, e ao final desse ciclo, componentes podem falhar ou precisar de substituição.
O Que é Obsolescência Programada?
A obsolescência programada surge quando um produto é projetado com um determinado nível de qualidade que determina quanto tempo ele vai durar. Zambenedetti explica que isso não significa necessariamente uma “armadilha”, mas sim uma escolha de qualidade que influencia diretamente o custo final e a vida útil. Em aparelhos como celulares, essa escolha é estratégica, pois componentes sensíveis, como baterias e telas, podem ter durabilidade limitada, e o custo de substituição muitas vezes faz o consumidor optar por um novo modelo em vez de consertar o antigo.
Alguns dos fatores que explicam por que os smartphones parecem durar pouco incluem:
- A bateria de íons de lítio se desgasta a cada ciclo de carga e descarga, perdendo capacidade com o tempo.
- A obsolescência tecnológica, que faz com que modelos de um ou dois anos fiquem defasados em relação a novos recursos e aplicativos.
- O uso intenso e processos de fabricação massificados, que podem acelerar o desgaste dos componentes.
Impactos para Consumidores e Meio Ambiente
A redução da vida útil dos celulares tem consequências diretas para os consumidores, que precisam gastar mais frequentemente na compra de novos aparelhos. Além disso, a questão é ainda mais grave para o meio ambiente, pois toneladas de resíduos eletrônicos são geradas anualmente, muitas vezes sem descarte adequado. A solução passa por políticas de reciclagem, como a logística reversa, que obriga fabricantes a criar sistemas de coleta e reaproveitamento de componentes.
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