O Videoclipe Morreu? Entenda por que Artistas Pop não Investem mais Milhões em Clipes
O videoclipe, que foi uma parte fundamental da estratégia de um artista pop nos anos 80 e 90, parece ter perdido sua importância. A Paramount, empresa controladora da MTV, anunciou o fim da operação de canais dedicados a videoclipes, e artistas como Beyoncé e Lady Gaga não investem mais milhões em clipes. Mas o que aconteceu com os videoclipes e se eles morreram de vez?
Segundo especialistas, os clipes não morreram, mas não são mais protagonistas da divulgação musical. A quantidade de plataformas e dispositivos enfraquece o impacto de qualquer vídeo, e outros formatos, como lyric videos e visualizers, são alternativas mais viáveis. Além disso, a plataforma TikTok valoriza vídeos com jeitão mais caseiro, dispensando a necessidade de grandes produções.
Mudanças no Mercado Musical
A indústria musical mudou significativamente nos últimos anos. A MTV, que foi um canal dedicado a videoclipes, agora prioriza a exibição de reality shows. Os artistas também mudaram sua estratégia, investindo em quantidade de conteúdos em vez de um só vídeo de alto orçamento. Anitta, por exemplo, disse que já chegou a investir até R$ 3 milhões em um videoclipe, mas agora acha que isso não compensa.
Os especialistas afirmam que o videoclipe ainda é uma peça de marketing importante, mas o formato mudou. Agora, os clipes são criados para a tela do celular, e a linguagem, duração, montagem e proporção da imagem nos clipes mudaram. Além disso, a plataforma TikTok valoriza vídeos com jeitão mais caseiro, dispensando a necessidade de grandes produções.
Outros Formatos Ganham Relevância
Entre os dez vídeos de música mais assistidos no YouTube Brasil em 2024, só quatro foram videoclipes. A maior parte foi de gravações tipo DVD ao vivo, formato comum no sertanejo e no gospel. Isso mostra que os artistas estão explorando outros formatos para se conectar com o público. Além disso, a lógica de fazer um conteúdo só, em um só lugar, também tem funcionado para artistas que operam na linguagem pop.
Os artistas também estão inovando na divulgação, lançando filmes semi-autobiográficos, documentários e até capítulos de uma história ao longo de diferentes músicas. Isso mostra que o futuro do videoclipe é híbrido, com uma mistura de experiências imersivas, conteúdos interativos e narrativas seriadas.
- Os videoclipes não morreram, mas não são mais protagonistas da divulgação musical.
- A quantidade de plataformas e dispositivos enfraquece o impacto de qualquer vídeo.
- Outros formatos, como lyric videos e visualizers, são alternativas mais viáveis.
- Os artistas estão inovando na divulgação, lançando filmes semi-autobiográficos, documentários e até capítulos de uma história ao longo de diferentes músicas.
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