Resenha de “O Telefone Preto 2”: Uma Sequência que Supera Expectativas
O lançamento de “O Telefone Preto 2” trouxe consigo a pergunta: seria necessário criar uma sequência para o filme de 2022? A resposta é um tanto complexa, considerando que o original era uma história bem resolvida e autocontida. No entanto, a nova parcela da história consegue driblar a desconfiança inicial, oferecendo uma trama que, embora não inovadora, é bem conduzida, repleta de suspense e sustos.
Ambientada quatro anos após os eventos do primeiro filme, a história segue Finney Shaw (Mason Thames) e sua irmã Gwen (Madeleine McGraw) enquanto eles tentam superar os traumas do passado. Gwen começa a ter sonhos perturbadores que a levam a investigar um misterioso acampamento de inverno, onde eles se veem isolados por uma nevasca e forçados a enfrentar o retorno de um inimigo temido, o Sequestrador (Ethan Hawke), agora com poderes sobrenaturais.
Mudança de Papéis e Elementos Sobrenaturais
Uma das principais mudanças notáveis em “O Telefone Preto 2” é o foco maior na personagem de Gwen. Ela se torna o centro das ações, com cenas impactantes e um desenvolvimento significativo de seus poderes de premonição. Essa mudança de perspectiva ajuda a justificar a existência da sequência, trazendo um frescor à história.
Além disso, o diretor Scott Derrickson incorpora mais elementos sobrenaturais, aumentando a quantidade de sustos e criando um clima de terror mais intenso. A fotografia granulada e a montagem ágil contribuem para um efeito perturbador, mostrando a habilidade de Derrickson em criar sequências de terror eficazes.
Influências e Semelhanças
No entanto, a maneira como o Sequestrador retorna, agora como um espírito vingativo que ataca suas vítimas nos sonhos, traz semelhanças notáveis com o personagem Freddy Krueger, de “A Hora do Pesadelo”. Essa similaridade pode ser vista como uma falta de criatividade ou, talvez, uma homenagem. A ausência de uma base literária, como o livro de Joe Hill que inspirou o primeiro filme, pode ter contribuído para essa direção.
As atuações, especialmente de Ethan Hawke e Madeleine McGraw, são destacadas. Hawke continua a inspirar medo com sua presença, enquanto McGraw se torna o coração do filme, demonstrando uma atuação cheia de nuances. Mason Thames também melhora em relação ao primeiro filme, mostrando uma entrega mais convincente nas cenas de tensão.
Conclusão
“O Telefone Preto 2” pode não ser uma sequência necessária, mas consegue entreter e assustar. Com um elenco talentoso, elementos sobrenaturais intensificados e uma mudança de foco que traz frescor à história, o filme supera as expectativas iniciais. Embora possa não estar no mesmo nível de outras obras de terror lançadas recentemente, é uma opção válida para quem busca uma experiência de terror no cinema.
- Destaque para as atuações de Ethan Hawke e Madeleine McGraw.
- Incorporação eficaz de elementos sobrenaturais para aumentar o terror.
- Mudança de foco para a personagem de Gwen, trazendo um novo ponto de vista à história.
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