Revisitando o Caso de Ângela Diniz

A minissérie “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” lançada pela HBO Max reacende o debate sobre um dos mais marcantes casos criminais da história do Brasil. A produção revisita a vida de Ângela Diniz, uma mulher que desafiou as convenções sociais dos anos 1970.

Ângela Diniz foi assassinada a tiros por seu então companheiro, o empresário Raul “Doca” Fernandes do Amaral Street, em 30 de dezembro de 1976, na Praia dos Ossos, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio. O crime não teve mistério, mas o julgamento que se seguiu entrou para a história como um símbolo da desvalorização da mulher.

A Vida de Ângela Diniz

Ângela Diniz nasceu em 1944 em Curvelo, Minas Gerais, e casou-se aos 17 anos com o engenheiro Milton Villas Boas. O casal teve três filhos: Milton, Cristina e Luiz Felipe. No entanto, o casamento não durou, e Ângela decidiu pedir a separação, o que na época era conhecido como desquite.

Como condição para o desquite, Milton Villas Boas impôs que Ângela abrisse mão da guarda dos filhos e apenas pudesse fazer visitas controladas às crianças. Essa decisão teve um impacto profundo na vida de Ângela e de seus filhos.

O Que Aconteceu com os Filhos de Ângela Diniz

Os filhos de Ângela Diniz enfrentaram muitas tragédias ao longo de suas vidas. Luiz Felipe, o filho caçula, morreu aos 21 anos em um acidente de carro. O mais velho, Milton, sofreu um acidente de motocicleta em 1982 e hoje locomove-se com dificuldade. A filha, Cristina, concedeu uma entrevista em 2006, na qual criticou o fato de Doca Street ter lançado um livro sobre o caso 30 anos após o crime.

Atualmente, Milton e Cristina moram em Belo Horizonte, Minas Gerais. Raul Fernando do Amaral Street, o Doca, morreu em 2020, aos 86 anos, após sofrer um ataque cardíaco.

A Minissérie “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”

A minissérie inspirada no premiado podcast “Praia dos Ossos” explora como Ângela foi duplamente vitimada, sendo julgada e culpabilizada pelo próprio crime em um processo que expôs o machismo estrutural presente no Judiciário e na opinião pública da época. A produção é composta por seis episódios, com os dois primeiros já disponíveis no streaming e os outros sendo lançados semanalmente.

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