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O que aconteceu com a Kyocera? Relembre a marca que inventou a câmera de selfies

A História da Kyocera: Da Invenção da Câmera de Selfie ao Mercado Corporativo

A Kyocera, uma marca japonesa, é conhecida por sua contribuição significativa para a evolução dos smartphones. Em 1999, a empresa lançou o Visual Phone VP-210, o primeiro celular comercialmente disponível com uma câmera frontal, que mais tarde se tornou um recurso essencial em qualquer aparelho móvel.

O Visual Phone VP-210 foi lançado no Japão e vinha com uma tela TFT colorida de 2 polegadas e uma câmera com um pequeno sensor equivalente a 0,11 MP. Embora isso possa parecer pouco impressionante hoje, na época era considerado um grande avanço. O aparelho era caro, custando cerca de US$ 335, o que era um valor alto para os padrões de 1999.

O Fundador da Kyocera

A mente por trás da Kyocera foi o engenheiro Kazuo Inamori, que faleceu em 2022. Ele fundou a “Kyoto Ceramic” em 1959, começando com isoladores de cerâmica para tubos de TV. Inamori se tornou um ícone de gestão no Japão, além de erguer a Kyocera, ele fundou a KDDI, uma das mais populares operadoras de telecomunicações do Japão, e ficou famoso por reerguer a Japan Airlines de uma falência tida como certa.

Kyocera e o Futebol Brasileiro

No Brasil, a Kyocera também teve destaque no futebol. Em 2005, a empresa fechou o primeiro contrato de naming rights da história do futebol brasileiro, quando a Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense, foi rebatizado como “Kyocera Arena”. A parceria durou três anos, chegando até 2008.

O movimento de marketing pode ser visto como visionário na época e abriu as portas para um modelo de negócios que, após 20 anos, está presente em 11 dos principais estádios, como o Allianz Parque do Palmeiras ou a Neo Química Arena do rival Corinthians, entre outros pelo país.

O Que Aconteceu com a Kyocera?

A Kyocera tentou vender celulares no Brasil no início dos anos 2000, na era da tecnologia CDMA. Modelos como o K112, o Phantom e o Slider SE47 chegaram aqui. No entanto, a empresa nunca alcançou o volume de gigantes como Nokia ou Motorola, e sua divisão mobile (que absorveu a da Sanyo em 2008) foi atropelada pela chegada do iPhone e da linha Galaxy da Samsung.

Hoje, a Kyocera mudou seu foco no mercado brasileiro, abandonando a disputa pelo consumidor final (B2C) e focando no segmento B2B (business-to-business), ou seja, vendendo aparelhos diretamente para empresas. A “Kyocera Document Solutions” é forte no país em soluções corporativas no fornecimento de impressoras de alto desempenho, multifuncionais e softwares de gerenciamento de documentos para empresas.

A companhia ainda produz celulares, com destaque para segmentos específicos do mundo corporativo, como o ultrarresistente Duraforce Ultra 5G, principalmente para empresas ligadas à construção civil em países como Japão e Estados Unidos, mas seu maior negócio são os componentes cerâmicos avançados, painéis solares e equipamentos médicos.

A Kyocera pode não estar mais sob os mesmos holofotes no Brasil como no início dos anos 2000, mas segue viva após mudanças em suas estratégias de negócios.

  • A Kyocera é conhecida por sua contribuição significativa para a evolução dos smartphones.
  • A empresa lançou o primeiro celular com câmera frontal em 1999.
  • A Kyocera teve destaque no futebol brasileiro com o contrato de naming rights da Arena da Baixada.

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