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O que a história da matemática tem a ver com “Alice no País das Maravilhas”

O que a história da matemática tem a ver com “Alice no País das Maravilhas”

A história de Alice no País das Maravilhas, escrita por Lewis Carroll, é mais do que uma simples obra de literatura infantil. Ela está repleta de elementos matemáticos camuflados por jogos de palavras e situações absurdas, refletindo a perplexidade diante de uma ciência que parecia perder o terreno firme da lógica clássica.

Carroll, que era professor de matemática na Inglaterra vitoriana, utilizou sua obra para criticar a “modernidade matemática” da época, que era vista como inquietante por muitos. A queda interminável de Alice pela toca do coelho evoca o conceito de limite chave do cálculo diferencial, enquanto as mudanças abruptas de tamanho e forma que a protagonista experimenta evocam incongruências de proporcionalidade e escala, não presentes na geometria clássica.

Avanços matemáticos fundamentais

O século 19 foi um período de avanços matemáticos fundamentais, com a criação da geometria não euclidiana, o desenvolvimento da álgebra abstrata e a teoria dos conjuntos infinitos de Cantor. Além disso, o cálculo diferencial foi sistematizado graças a matemáticos como Cauchy, Riemann e Weierstrass, e conceitos-chave como a álgebra de Boole foram introduzidos.

Esses avanços marcaram um antes e um depois, separaram a matemática da intuição física e estabeleceram as bases para a disciplina moderna. A história de Alice é um exercício literário e matemático em que as regras podem mudar sem aviso prévio, imitando o processo de descoberta: avançar por um caminho incerto, onde cada novo passo obriga a repensar as suposições anteriores.

Números imaginários e quatérnios

Durante séculos, os matemáticos acreditaram que um número negativo não podia ter raiz quadrada. No entanto, com a introdução dos números imaginários e quatérnios, esses conceitos abriram as portas para campos que seriam fundamentais para o avanço tecnológico dos séculos 20 e 21, como a física quântica, a engenharia elétrica e o controle de sistemas.

A história mostra que a curiosidade — aquela centelha que levou Alice a seguir o coelho — é tanto a semente do progresso quanto da incerteza. E, como diria o Gato de Cheshire: “Se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho o levará lá”. E na ciência, esse caminho geralmente começa com uma queda livre… em direção ao futuro.

  • A matemática é uma disciplina que está em constante evolução, com avanços que geram resistência, mas acabam revelando sua utilidade em avanços tecnológicos e sociais disruptivos.
  • A inteligência artificial é talvez o espelho mais inquietante de todos, pois nasceu do desejo de entender como o ser humano pensa, mas começa a desenvolver lógicas próprias.
  • A curiosidade é fundamental para o progresso científico e tecnológico, mas também gera incerteza e questionamentos sobre o papel da criatividade humana.

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