O Pote de Ouro do Cinema em Las Vegas
O que acontece quando um filme clássico de 1939 é revisto com intervenções de inteligência artificial (IA) para ser exibido na tela de cinema mais moderna do mundo? Essa foi a pergunta que me levou a conferir a estreia de “O Mágico de Oz” na casa de shows Sphere, em Las Vegas.
A Sphere é um local impressionante, com uma tela interna de 15 mil metros quadrados e 76 metros de altura, cobrindo as paredes e o teto em 360 graus. Além disso, a casa de shows também recebe projeções externas em sua fachada, visíveis de boa parte da cidade e da estrada que leva a Vegas.
O cinema imersivo é a nova aposta da casa de espetáculos, que já recebeu shows de U2 e Madonna com projeções e vídeo mappings ultra realistas. A ideia de refazer um clássico do cinema com IA, no entanto, não teve uma aceitação unânime da crítica especializada.
- A moda costuma reinventar clássicos, mas no cinema é diferente.
- Os remakes podem ser bem-sucedidos ou não, como no caso de “A Fantástica Fábrica de Chocolates” e “O Poderoso Gatsby”.
- No caso de “O Mágico de Oz” da Sphere, acredito que a nova versão vai arrebatar a crítica com o tempo.
A tela imersiva e gigante, combinada com o 4D, que inclui vento, neve e personagens que “saem” da tela, criou uma experiência incrível. A voz de Julie Garland cantando “Over the Rainbow” foi incrível, com clareza e potência, como se estivesse ao vivo.
Eu aplaudo o corte feito no filme, que deu um ritmo mais contemporâneo, e acredito que a nova versão seria mais atraente para os jovens. Alguns críticos desaplaudiram o filtro usado na pele de Dorothy e os personagens inseridos, mas eu, como cinéfila apaixonada, achei tudo muito interessante.
A magia do cinema está em todas as suas fases, e o cinema imersivo do Sphere marca uma nova fase muito animadora, próxima da realização do sonho cinéfilo de “entrar” em um filme. Eu saí da estreia querendo mais, com os olhos brilhando e cantando “Over the Rainbow” internamente.
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