O Legado de Steve Jobs no Cinema

O filme Steve Jobs, dirigido por Danny Boyle e escrito por Aaron Sorkin, completa dez anos e continua a ser lembrado como a cinebiografia definitiva do cofundador da Apple. Lançado em 2015, o longa alcançou 85% de aprovação no Rotten Tomatoes e conquistou indicações ao Oscar para Michael Fassbender e Kate Winslet.

A produção foi elogiada pelo roteiro ágil de Sorkin, pela direção dinâmica de Boyle e pela forma como retratou as relações pessoais do empresário. O resultado foi um retrato intenso e dramático, que fugiu do convencional e mergulhou na complexidade de um dos nomes mais influentes da tecnologia. A estrutura inovadora do filme, dividida em três atos, cada um ambientado em um lançamento de produto icônico da empresa, foi um dos fatores que contribuiu para seu sucesso.

Uma Abordagem Diferente

Dois anos antes do lançamento de Steve Jobs, o filme Jobs, estrelado por Ashton Kutcher, tentou contar a história do cofundador da Apple, mas não convenceu. Com apenas 27% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme foi criticado por ser uma cinebiografia convencional, linear e rasa. A diferença de tom e abordagem entre os dois filmes explica a recepção oposta das duas produções.

Enquanto Jobs tentou condensar décadas em pouco mais de duas horas e acabou raso, Steve Jobs preferiu recortar momentos-chave e dar profundidade às relações pessoais e profissionais do empresário. Até mesmo Steve Wozniak, parceiro na criação da Apple, declarou que se sentiu assistindo ao verdadeiro Steve Jobs ao ver Fassbender em cena.

Alguns pontos que contribuíram para o sucesso de Steve Jobs incluem:

• Foco narrativo e diálogos afiados
• Performances memoráveis, especialmente de Michael Fassbender
• Abordagem inovadora e estrutura não linear

Dez anos depois, o longa de Boyle segue firme como referência no gênero, enquanto a versão com Kutcher caiu no esquecimento. A história da Apple pode ter sido contada duas vezes em Hollywood, mas só uma delas conquistou tanto crítica quanto público.

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