Novo Mapa Digital do Império Romano Revela Mais de 300 Mil Km de Estradas
Um estudo recente publicado na revista Scientific Data apresentou o Itiner-e, o mapa digital mais completo até hoje das redes de estradas do Império Romano. Com mais de 299.171 quilômetros de estradas mapeadas, o equivalente a quatro milhões de quilômetros quadrados, esse conjunto de estradas poderia dar cerca de sete voltas ao redor da Terra, demonstrando o poderio terrestre alcançado pelo império romano.
A nova base de dados revela que a rede viária era 100 mil quilômetros maior do que se conhecia até agora, com significativa parte da adição vinda das estradas descobertas em regiões da Península Ibérica, Grécia e norte do continente africano. O Itiner-e foi construído a partir da integração de dados arqueológicos e históricos, combinados com mapas topográficos modernos, registros antigos e imagens de satélite.
Legado das Vias Romanas
O mapa digital mostra uma vasta malha de caminhos que se estendem das Ilhas Britânicas ao Oriente Médio, revelando a densidade desse sistema viário. A ferramenta inclui qualquer rota terrestre com localização comprovada, conjecturada ou hipotética, representando a infraestrutura romana em seu auge, por volta do ano 150 d.C.
Do total de estradas mapeadas, 34,58% são classificadas como principais, ou seja, foram rotas vitais para a conquista e administração imperial. As demais compõem a rede secundária, revelando padrões de mobilidade local. No entanto, apenas 2,7% das estradas têm a sua posição exata conhecida, 89,8% são registradas com menor precisão e 7,4% são hipotéticas, o que evidencia a necessidade de novas investigações.
- 299.171 quilômetros de estradas mapeadas
- 100 mil quilômetros adicionais em relação ao conhecimento anterior
- 34,58% das estradas são classificadas como principais
- 2,7% das estradas têm a sua posição exata conhecida
O Itiner-e oferece um recurso prático para arqueólogos, indicando possíveis locais de escavação e auxiliando na busca por trechos ainda não confirmados. Além disso, o modelo pode ser utilizado para estudar pandemias antigas, migrações em massa e o desenvolvimento de religiões antigas.
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