Nova Diretriz para Constipação Crônica: Kiwi e Psyllium como Aliados
A constipação crônica é um problema comum que pode afetar significativamente a qualidade de vida de uma pessoa. Recentemente, a Associação Britânica de Nutricionistas e Dietistas (BDA) publicou uma diretriz inédita sobre o papel da alimentação no tratamento dessa condição. Essa diretriz, elaborada a partir da análise de 75 ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises, traz 59 recomendações dietéticas práticas para ajudar no combate à constipação crônica.
De acordo com a nutricionista Gláucia Amaral Santana, as novas diretrizes oferecem uma abordagem mais específica e baseada em evidências para o tratamento da constipação crônica. Ela destaca que nem todas as fibras têm o mesmo efeito sobre o intestino e que o psyllium, uma fibra derivada da casca da semente da planta Plantago ovata, é considerado o “padrão-ouro” entre os suplementos de fibra quando consumido em doses adequadas.
Alimentos e Suplementos Recomendados
- Psyllium: Comprovadamente eficaz em doses de ao menos 10 g/dia, o psyllium forma um gel no intestino, aumenta o volume das fezes e melhora a consistência, facilitando a evacuação.
- Kiwi: Comer duas unidades por dia, ao longo de no mínimo quatro semanas, melhora a frequência na evacuação e a textura das fezes. O kiwi combina fibras solúveis e enzimas que estimulam o trânsito intestinal.
- Magnésio: O mineral está presente em verduras de folhas escuras, leguminosas, nozes, grãos integrais, abacate e peixes. O óxido de magnésio se mostrou mais eficaz que o leite de magnésia.
- Pão de Centeio: Trocar o pão branco por pão de centeio pode ser eficaz, pois o centeio contém fibras solúveis e fermentáveis que aumentam o volume das fezes e estimulam a flora intestinal.
É importante ressaltar que, embora esses alimentos e suplementos sejam recomendados, a abordagem deve ser individualizada, considerando a rotina, os hábitos e a cultura alimentar de cada pessoa. Além disso, outros bons hábitos, como a prática de atividade física, o sono regular e a evitação do consumo excessivo de produtos ultraprocessados, também são essenciais para manter um intestino saudável.
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