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Nokia ‘tijolão’ completa 25 anos; relembre como era o clássico 3310


Lançado em 1º de setembro de 2000, o Nokia 3310 completa 25 anos nesta segunda-feira (1) e continua sendo lembrado como um dos celulares mais icônicos já produzidos. Popularmente apelidado de “tijolão”, o modelo ganhou fama mundial ao reunir características que marcaram uma geração: bateria que durava dias, design robusto quase indestrutível e recursos que, para os padrões da época, eram vistos como inovações surpreendentes. É o caso da possibilidade de enviar mensagens de texto mais longas, personalizar a tela com wallpapers e protetores e passar horas jogando o inesquecível Snake II, o famoso “jogo da cobrinha”.
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O sucesso não parou ali. A reputação de resistência quase indestrutível transformou o celular em protagonista de memes e piadas que circulam até hoje na internet. Já sua bateria “infinita” virou referência de comparação com os smartphones modernos, que exigem recargas diárias. Na lista a seguir, o TechTudo relembra as principais curiosidades que fizeram o “tijolão” entrar para a memória de uma geração.
Nokia 3310, o famoso “tijolão”
Reprodução/Carolina Ochsendorf
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Nokia ‘tijolão’ completa 25 anos; relembre curiosidades do clássico 3310
O TechTudo reuniu as principais curiosidades sobre o celular mais icônico da Nokia, que completa 25 anos em 2025. Confira, no índice abaixo, os pontos que marcaram a história do aparelho.
Bateria que durava horrores
Tela monocromática, mas com wallpapers personalizados
Jogo da cobrinha viciante
Fama de indestrutível
Mensagens mais longas
Foi relançado em 2017
1. Bateria que durava horrores
Um dos pontos mais lembrados do Nokia 3310 é, sem dúvida, a sua bateria. Em tempos em que carregar o celular diariamente se tornou uma rotina diária, pensar em um aparelho que ficava até 10 dias em modo de espera e oferecia mais de 4 horas seguidas de conversação parece quase inacreditável.
Na prática, isso significava que muitos usuários passavam a semana inteira sem se preocupar em procurar uma tomada. A autonomia era resultado da combinação entre o hardware simples, a tela monocromática de baixa resolução e o baixo consumo de energia.
Nokia 3310 marcou os anos 2000
Masood Aslami/Pexels
2. Tela monocromática, mas com wallpapers personalizados
A tela do Nokia 3310 era simples se comparada aos padrões atuais: eram apenas 84 x 84 pixels em tons de verde e preto, com capacidade para exibir até cinco linhas de texto. Mas, para o início dos anos 2000, esse recurso já abria espaço para algo que parecia revolucionário: a personalização da interface.
O celular permitia configurar papéis de parede e protetores de tela, além de exibir mensagens de boas-vindas quando era ligado. Para muitos usuários, escolher um desenho diferente para a tela ou escrever uma frase personalizada era uma forma de deixar o aparelho com mais “identidade”. Essa possibilidade ajudou a tornar o 3310 muito popular entre adolescentes, que valorizavam qualquer detalhe de diferenciação em uma época sem redes sociais.
Nokia 3310 com tela monocromática
Divulgação/Nokia
Outro destaque era a troca de capas coloridas, chamadas de Xpress-on covers. Elas se encaixavam facilmente e transformavam a aparência do aparelho, permitindo variar entre cores e estampas de acordo com o estilo do dono. A tendência virou febre no começo dos anos 2000 e até hoje é lembrada como um dos recursos mais divertidos e marcantes do “tijolão”.
3. Jogo da cobrinha viciante
Entre todos os recursos do Nokia 3310, nenhum conquistou tantos fãs quanto o Snake II, conhecido no Brasil como “jogo da cobrinha”. Instalado de fábrica, o game rapidamente virou mania mundial e transformou o celular em muito mais do que um aparelho para ligações e SMS.
A proposta era simples: controlar a cobra enquanto ela crescia a cada ponto conquistado, evitando bater nas paredes ou em si mesma. Mas essa simplicidade era justamente o que tornava o jogo tão viciante. Para muitos usuários, o Snake II foi o primeiro contato com o mundo dos games portáteis fora de consoles como Game Boy ou tamagotchis.
Snake II, o “jogo da cobrinha”, é lembrado até hoje por usuários
Divulgação/HMD
O sucesso foi tamanho que o título se consolidou como símbolo da Nokia, sendo lembrado até hoje como um dos jogos mais populares já criados para celular. Em 2012, ganhou até destaque no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) como parte de uma exposição sobre design digital.
4. Fama de indestrutível
Se hoje muitos usuários reclamam da fragilidade das telas de vidro dos smartphones, no começo dos anos 2000 o Nokia 3310 já tinha conquistado a fama oposta: a de ser praticamente inquebrável. Com 133 gramas de peso e 22 milímetros de espessura, o celular foi projetado para resistir ao uso intenso do dia a dia: suportava quedas no chão, arranhões e até pequenos acidentes sem perder a funcionalidade.
Essa robustez acabou transformando o modelo em lenda. Com o tempo, surgiram incontáveis memes e vídeos de testes de resistência, mostrando o aparelho sendo jogado de prédios, atropelado por carros ou até usado como martelo e, em muitos casos, continuando a funcionar.
Nem martelada destruiu o Nokia 3310
Reprodução/YouTube
A internet ajudou a cristalizar a imagem do 3310 como o verdadeiro “tijolão” indestrutível, um contraste direto com os celulares modernos, vistos como frágeis diante do menor impacto. Mais do que um recurso técnico, a durabilidade do Nokia 3310 virou um símbolo cultural. Até hoje, quando alguém fala de celulares “raiz” que aguentavam qualquer tranco, o exemplo imediato é o 3310.
5. Mensagens mais longas
No início dos anos 2000, quando aplicativos de conversa ainda não existiam, o SMS era a principal forma de comunicação rápida entre amigos, familiares e colegas de trabalho. A maioria dos celulares da época permitia apenas mensagens curtas, com limite de 160 caracteres. O Nokia 3310 mudou esse padrão ao permitir textos de até 459 caracteres, quase três vezes mais que os concorrentes.
Essa inovação abriu espaço para conversas mais completas e até para “textões” em plena virada do milênio. Muitos usuários se lembram de planejar cada caractere para economizar espaço, mas com o 3310 era possível escrever histórias inteiras em uma única mensagem, algo que o diferenciava de outros aparelhos.
Outro detalhe foi a popularização do T9, sistema de previsão de texto que reconhecia a sequência de teclas e sugeria palavras automaticamente. Isso tornou a digitação no teclado numérico muito mais prática e ajudou a acelerar o envio de mensagens. Para uma geração que passava horas trocando SMS, o recurso foi bastante necessário.
6. Foi relançado em 2017
A nostalgia em torno do Nokia 3310 foi tão forte que, 17 anos após o lançamento original, o modelo ganhou uma versão repaginada em 2017. A novidade foi apresentada pela HMD Global, empresa que assumiu os direitos da marca Nokia, durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, um dos maiores eventos de tecnologia móvel do mundo.
O novo 3310 chegou com tela colorida, design mais fino e até uma câmera traseira simples, recurso que não existia no modelo dos anos 2000. Além disso, o aparelho trouxe entrada para fones de ouvido, suporte para microSD e recarga via microUSB, substituindo o carregador clássico da Nokia. O preço era acessível: cerca de 50 euros na época.
Nokia anunciou a volta do Nokia 3310 na MWC em 2017
Divulgação/Nokia
Um dos destaques foi o retorno do jogo da cobrinha, agora em uma versão atualizada, adaptada para os botões numéricos e com gráficos coloridos. O remake manteve a proposta de ser um celular básico e resistente, voltado para quem queria um aparelho reserva, um dispositivo “de festival” ou simplesmente reviver a experiência dos anos 2000.
Com informações de TechTudo, The Guardian, BuzzFeed, Techpoint, Vice, GSMArena
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