No mês da Conscientização sobre a Dermatite Atópica, entenda o que é a doença e como tratá-la
Setembro é um mês dedicado a várias campanhas de saúde, incluindo a conscientização sobre a dermatite atópica. Para entender melhor essa condição, conversamos com a dermatologista Ingrid Campos, que acompanha os impactos físicos, emocionais e sociais da doença em seus pacientes.
A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por ressecamento, coceira intensa e lesões vermelhas. Sua origem está relacionada a uma mutação no gene da filagrina, proteína responsável por manter a barreira cutânea intacta. Quando ela está comprometida, a pele perde a capacidade de reter água e se torna extremamente vulnerável a fatores ambientais.
Os sintomas mais comuns incluem vermelhidão, descamação, erupções que podem formar crostas e uma coceira persistente, especialmente à noite. A doença pode afetar tanto crianças quanto adultos, especialmente aqueles com histórico familiar de atopia, como rinite ou asma.
Sintomas e diagnóstico
- Vermelhidão e descamação
- Erupções que podem formar crostas
- Coceira persistente, especialmente à noite
- Lesões em regiões de dobras, como atrás dos joelhos, cotovelos e pescoço
O diagnóstico é majoritariamente clínico, ou seja, feito por meio da avaliação médica sem necessidade de biópsias, e leva em conta a combinação de sintomas, histórico familiar e padrão das lesões.
Tratamento e prevenção
O tratamento da dermatite atópica evoluiu muito nos últimos anos, e novas abordagens vêm transformando o cuidado e a autoestima de quem convive com a doença. A hidratação diária é a base do tratamento, e em crises, usam-se corticoides tópicos e inibidores de calcineurina.
Além disso, é importante evitar gatilhos como clima seco, baixas temperaturas, estresse, alimentação e roupas sintéticas. A vitamina D também deve estar em níveis adequados, e intervenções como terapia cognitivo-comportamental podem ser aliadas importantes no enfrentamento do estresse crônico.
A dermatite atópica é uma condição que pode ser controlada com adesão ao tratamento e evitando os gatilhos. A maioria dos pacientes alcança remissões longas, com melhora significativa na qualidade de vida.
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