Em dezembro de 1984, um Boeing 720 caiu — de propósito, vale lembrar — no deserto da Califórnia, nos Estados Unidos. O ocorrido não foi um acidente, mas sim um teste conduzido pela NASA em parceria com a FAA,a agência responsável pela regulação de voos no país. O objetivo? Testar tecnologias que poderiam aumentar a segurança contra incêndios em acidentes aéreos.
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Chamado Controlled Impact Demonstration (CID) (ou “Demonstração de Impacto Controlado, em tradução livre), o projeto tinha o objetivo de avaliar a eficácia do FM-9, um polímero criado para reduzir os riscos de incêndios em acidentes aéreos,
O “participante” do estudo foi um Boeing 720 pilotado remotamente por Fitzhugh Fulton, piloto da Força Aérea norte-americana que o conduziu em uma descida controlada no leito do lago Rogers, na Base Aérea Edwards. Enquanto isso, sensores da aeronave coletaram dados, e câmeras registraram o impacto em diferentes ângulos.
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O que aconteceu no acidente aéreo
Como se tratava de um experimento, o avião deveria tocar o solo em um ângulo específico com seus tanques parcialmente cheios. O desfecho foi dramático: a fuselagem sofreu danos significativos e o combustível pegou fogo. Segundo informações de um relatório da NASA, levou mais de uma hora para apagarem as chamas.
A agência espacial concluiu que, de fato, os compostos do combustível modificado ajudaram a evitar que o incêndio fosse ainda mais catastrófico, mas a mudança não foi efetiva o suficiente para reduzir a propagação ou a intensidade do fogo. Assim, os resultados do teste levaram a FAA a suspender as solicitações de que as companhias aéreas adotassem o composto no combustível dos seus aviões.
Mesmo assim, o teste rendeu informações importantes sobre resistência estrutural e comportamento de materiais em condições extremas. Com os dados obtidos, os especialistas estudaram mais a fundo a taxa de sobrevivência a acidentes aéreos, e a FAA determinou novas regras para a prevenção de incêndios e para o uso de materiais antichamas nos aviões.
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