Motoristas com TDAH têm 2 vezes mais chance de se envolver em acidente
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) têm duas vezes mais chance de se envolver em sinistros de trânsito. Isso é confirmado por estudos internacionais que analisam o comportamento de motoristas com TDAH.
Os sintomas do TDAH, como impulsividade, desatenção e agitação, podem afetar significativamente a capacidade de dirigir. Durante o 16° Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, a médica do tráfego Joan Faber citou estudos que associam o TDAH a comportamentos no trânsito que incluem:
- Falta de julgamento
- Tendência em assumir riscos
- Busca por emoções
Além disso, condutores com TDAH podem ter uma percepção superestimada de competência ao volante, o que pode levar a comportamentos de risco. No entanto, a compreensão do quadro e a experiência na direção podem modificar esse risco relativo.
De acordo com Joan, condutores com TDAH apresentam melhor performance quando dirigem por percursos urbanos e com trânsito intenso. Além disso, quando dirigem automóveis com câmbio manual, que demandam mais atenção, a segurança melhora. No entanto, em longas distâncias, em vias pouco movimentadas, na condução monótona, o desempenho é pior, especialmente quando não medicados.
Outro fator que pode afetar o desempenho de condutores com TDAH é a realização de tarefas secundárias, como comer, ingerir líquidos, mudar a estação de rádio ou utilizar o celular, o que pode piorar substancialmente o desempenho.
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