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Lizzo reflete sobre a era de ouro dos videoclipes

Lizzo reflete sobre a era de ouro dos videoclipes

No último domingo (14), a cantora Lizzo voltou a se manifestar em sua página oficial no TikTok para compartilhar reflexões sobre a indústria musical. Recentemente, a artista havia comentado sobre o impacto dos algoritmos e como as novidades musicais são distribuídas na internet. Nesta nova ocasião, a intérprete de “Truth Hurts” abordou a perda de influência dos videoclipes ao longo dos anos, refletindo sobre mudanças culturais e tecnológicas que transformaram o modo como a música é consumida.

Lizzo começou sua análise recordando os tempos em que os videoclipes eram fenômenos culturais, capazes de parar o mundo e unir o público em torno de grandes lançamentos. Para ela, essas obras não eram apenas vídeos, mas eventos que definiam momentos na música e na cultura pop:

“A era de ouro dos videoclipes acabou, e, na verdade, já acabou há muito tempo. Nunca haverá outro Thriller, Lady Marmalade, Ladies’ Night, porque a massa crítica e a cultura mainstream simplesmente não existe mais. Antes, o tempo literalmente parava quando o maior artista do mundo lançava um videoclipe. E agora, o tempo nem sequer para diante de algumas das tragédias mais inimagináveis que acontecem neste país.”

Em seguida, a cantora refletiu sobre o papel artístico dos videoclipes, ressaltando que eles eram uma forma de expressão criativa e uma extensão da identidade do artista. Lizzo destacou que, em sua essência, esses vídeos não surgiam por interesses comerciais, mas como uma manifestação natural da arte:

“Um dia, os videoclipes eram uma extensão da visão do artista. Um dia, os videoclipes davam ao público um rosto e uma estética de um artista ou de uma música que eles ouviam no rádio. Não era por dinheiro ou métricas; era apenas a expansão natural da arte.”

A artista então abordou a chegada do YouTube e como a plataforma transformou a produção audiovisual musical. Lizzo explicou que, com a popularização do Vevo e o alcance de bilhões de visualizações, os videoclipes passaram a ser obrigatórios na indústria, o que, segundo ela, afetou a qualidade das produções:

“Então surgiu o YouTube, e você podia começar a subir seus videoclipes nessa plataforma. Tivemos um boom com o Vevo, onde pessoas alcançavam um bilhão de visualizações em seus videoclipes. Os videoclipes se tornaram obrigatórios. Virou um padrão da indústria, e os artistas — mesmo que não quisessem gravar um videoclipe — tinham que gravar. Na minha opinião, isso levou à queda na qualidade dos videoclipes. E funcionou por um tempo, até que deixou de funcionar.”

Por fim, Lizzo comentou sobre a percepção do público em relação aos videoclipes atuais, reconhecendo que embora o mercado esteja saturado, ainda existem produções visualmente impressionantes que merecem destaque. Ela citou exemplos que chamaram sua atenção e ressaltou que a culpa não é dos artistas:

“Vi muitas pessoas reclamando que os videoclipes não são mais como antes, mas não é culpa do artista. Há muitos videoclipes que saíram e são visualmente impressionantes. Face Shopping, da Sophie, é um dos meus videoclipes favoritos dos últimos 10 anos. E eu sei que vocês gostam de pensar que eu culpo tudo no algoritmo, mas não dá para negar que o mercado está tão saturado que às vezes você nem encontra o que procura.”

Recentemente, Lizzo lançou a versão deluxe de sua mixtape “MY FACE HURTS FROM SMILING”, projeto que contou com participações de SZA e Doja Cat.