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Lindomar Castilho, cantor que deu voz ao que o povo queria ouvir, personificou o drama na música e na vida passional

Lindomar Castilho: O Cantor que Deu Voz ao Povo

Lindomar Castilho, um dos cantores mais populares do Brasil, faleceu aos 85 anos, deixando um legado musical que refletia o que o povo queria ouvir. Seu álbum “Eu canto o que povo quer”, lançado em 1974, traduzia o tom popular do repertório do cantor e compositor goiano.

A música que abria esse álbum, “Você é doida demais”, foi um grande sucesso e tocou exaustivamente nas rádios de todo o Brasil. Além disso, a música foi tema de abertura do seriado “Os normais”, exibido pela TV Globo, e ganhou novos ouvintes entre 2001 e 2003.

Uma Vida de Drama e Paixão

No entanto, a vida de Lindomar Castilho não foi apenas marcada por sucessos musicais. Em 1981, ele cometeu um crime de feminicídio, matando sua ex-mulher, a cantora Eliane de Grammont, por ciúme e possessividade. Esse ato trágico abalou sua carreira e o levou a uma prisão em Goiânia.

Na prisão, Lindomar compôs um álbum de tom confessional, “Muralhas da solidão”, lançado em 1986. Embora tenha sido condenado pelo assassinato, ele foi libertado em 1988 e quitou a divida com a Justiça em 1996. No entanto, o peso do ato cometido em 1981 o acompanhou até o fim de sua vida.

Um Legado Musical

Lindomar Castilho teve um grande sucesso em sua carreira, extrapolando as fronteiras do Brasil e se tornando “O namorado de las Americas” nos países de língua hispânica. Ele também teve um busto erguido em Luanda, cidade da Angola.

Embora tenha tentado retomar sua carreira musical após a prisão, Lindomar nunca mais foi o mesmo. Seu público ainda o apoiava, mas ele parecia um espectro do que havia sido um dia. A passionalidade das letras dos boleros do repertório do artista já não se afinava tanto com a alma de um assassino acidental.

Hoje, morre um artista que deu voz ao povo, mas que também teve a chama e a voz apagadas por um ato trágico. Seu legado musical permanecerá, mas a sombra do crime cometido em 1981 sempre estará presente.

  • Álbuns de sucesso: Canções que não se esquecem (1964), Somos iguais (1969), Eu vou rifar meu coração (1973), O filho do povo (1976) e Chamarada (1977)
  • Prisão e libertação: Condenado pelo assassinato da ex-esposa, Lindomar foi libertado em 1988 e quitou a divida com a Justiça em 1996
  • Legado musical: Lindomar Castilho teve um grande sucesso em sua carreira, extrapolando as fronteiras do Brasil e se tornando “O namorado de las Americas” nos países de língua hispânica

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