Resenha do Álbum “Juízo Final” de Jup do Bairro

O álbum “Juízo Final” de Jup do Bairro é uma obra que reflete a urgência contemporânea, como caracterizado pela artista. Lançado em 17 de outubro, o disco é uma mistura de estilos musicais, incluindo funk, rap e rock, que juntos criam uma atmosfera sombria e reflexiva.

A intro do álbum já apresenta uma visão crítica sobre as religiões e a crise existencial humana, tema que é explorado ao longo das 15 faixas. A produção musical de Fuso! e as colaborações de vários artistas, como Apeles, Baby Plus Size e Thiago Klein, contribuem para a diversidade sonora do álbum.

Os singles lançados antes do álbum, como “A gente vive menos que uma sacola plástica” e “E se não fosse o sonho”, já davam uma ideia do tom sombrio e da crítica social que permeia o disco. Outras faixas, como “Rockstar”, com a participação do grupo Black Pantera, e “Brilho do breu”, com um toque de raggamuffin’, mostram a capacidade da artista de experimentar e misturar estilos.

A capa do álbum, criada por Gabe Lima a partir de uma foto de Wallace Domingues, é uma representação visual perfeita do clima do disco. Jup do Bairro é mostrada em um ambiente de fim de festa, o que reflete a sensação de desencanto e solidão que é explorada em várias faixas.

Em resumo, “Juízo Final” é um álbum que apresenta uma visão crítica e reflexiva sobre a condição humana, com uma mistura de estilos musicais que criam uma atmosfera sombria e impactante. Jup do Bairro consegue escapar com vida e fôlego desse cataclismo humano, criando um disco que é ao mesmo tempo uma crítica social e uma obra de arte.

• Artista: Jup do Bairro
• Álbum: Juízo Final
• Cotação: ★ ★ ★ ★

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