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Investimento em florestas precisa triplicar até 2030, diz relatório da ONU

Investimento em Florestas: Um Desafio para o Futuro

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destaca a necessidade de triplicar o investimento em preservação de florestas até 2030, alcançando US$ 300 bilhões, e sextuplicar até 2050, chegando a US$ 498 bilhões. Essa meta é crucial para atingir as metas ambientais globais de clima e biodiversidade.

A representante interina do PNUMA, Beatriz Martins Carneiro, afirma que alcançar esses valores é viável do ponto de vista técnico, mas requer “vontade política sem precedentes e mudanças sistêmicas”. Além disso, os valores despendidos em ações prejudiciais ao meio ambiente são significativamente maiores do que os investidos em conservação ambiental.

  • Os subsídios potencialmente prejudiciais à agricultura, um dos principais responsáveis pelo desmatamento, somaram mais de US$ 400 bilhões em 2023.
  • Isso significa que a cada US$ 0,20 gastos na conservação florestal, ao menos US$ 1 intensificam pressões ambientais sobre esses ecossistemas.
  • A perda anual de 2,2 milhões de hectares de floresta é um resultado direto dessas pressões.

O setor público foi responsável por 91% do investimento nas florestas, com US$ 2,9 bilhões provenientes de financiamento internacional. No entanto, a maior parte do investimento público foi realizada por e para países desenvolvidos, com cerca de 41% concentrados nos Estados Unidos e China.

Em economias em desenvolvimento, os aportes são menores devido a limitações fiscais, competição entre prioridades no orçamento e capacidade institucional mais fraca. O Brasil teve o segundo maior investimento público doméstico em florestas tropicais, com US$ 1,9 bilhão, enquanto o investimento internacional foi de US$ 145 milhões.

Para atingir as metas globais de clima e biodiversidade, as soluções baseadas em meio ambiente devem alcançar ao menos 1 bilhão de hectares até 2030 e 1,8 bilhão até 2050. Investir em áreas protegidas e na prevenção do desmatamento tem menor custo do que reflorestar, e manter o que já existe evita gastos como preparo de solo e compra de mudas.

Em resumo, o investimento em florestas precisa ser priorizado para atingir as metas ambientais globais. A COP30 representa uma oportunidade crucial para o financiamento de florestas, e a mobilização de recursos é fundamental para preservar e reflorestar as áreas necessárias.

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