Intel Detalha CPUs Core Ultra Serie 3 e Debate o Futuro dos AI PCs no Brasil
A Intel reuniu a imprensa em São Paulo para apresentar detalhes estratégicos e técnicos da sua próxima geração de processadores para notebooks, a família Core Ultra Serie 3, de codinome Panther Lake. O encontro serviu para reforçar o compromisso da companhia com a era dos AI PCs e detalhar como a nova arquitetura pretende equilibrar desempenho bruto e eficiência energética.
Os processadores Panther Lake prometem unir a eficiência energética elogiada nos Lunar Lake com o desempenho multitarefa característico dos Arrow Lake, tudo isso fabricado sob a nova litografia Intel 18A. Além das especificações técnicas, o evento foi palco de um debate franco sobre os desafios para a massificação dos AI PCs no país.
Características do Core Ultra Serie 3
As principais características do Core Ultra Serie 3 incluem:
- Performance híbrida: Os processadores contarão com até 16 núcleos, combinando núcleos de performance (P-cores), núcleos de eficiência (E-cores) e núcleos de baixíssimo consumo energético (LP E-cores)
- Gráficos desagregados: A GPU integrada agora possui um tile próprio e escalável, permitindo que a Intel ajuste o tamanho e a potência gráfica conforme a necessidade do segmento
- Conectividade integrada: O Wi-Fi 7 e o Bluetooth 6 estarão integrados diretamente no processador, garantindo que qualquer máquina com essas CPUs tenha acesso aos padrões mais recentes de conexão sem fio
Essas mudanças significativas em relação aos seus antecessores permitirão que os usuários tenham “um notebook com 20 horas de duração de bateria ou mais, mas, ao mesmo tempo, com grande quantidade de núcleos”, segundo Yuri Daglian, Engenheiro de Aplicações de Vendas da Intel Brasil.
Desafios para a Massificação dos AI PCs no Brasil
Embora o Brasil lidere a adoção corporativa na região, executivos da Intel reconheceram barreiras importantes, como o preço para o consumidor final e a necessidade de desmistificar a segurança de dados para as empresas que ainda resistem à migração. A Intel apontou que 56% das empresas brasileiras já iniciaram a atualização para PCs com IA, um índice superior ao do México e acima da média das Américas.
No entanto, a adoção não é uniforme, e governos e grandes empresas devem liderar essa transição inicial, impulsionados por demandas específicas de produtividade e segurança. Para o consumidor final, o preço ainda é uma barreira reconhecida pela companhia, embora a expectativa seja de que a nova estratégia de fabricação e a concorrência ajudem a democratizar os valores ao longo do tempo.
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