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Homens aparecem três vezes mais na imprensa do que mulheres, segundo a ONU


A iniquidade de gênero ainda é grande na maioria dos setores e isso não é diferente quando falamos sobre jornalismo. Publicado na última quinta-feira (4), um levantamento global da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que as mulheres respondem por apenas 26% das pessoas que aparecem na imprensa. O crescimento foi de 9% nos últimos 30 anos, segundo a instituição.
O relatório também fala sobre a maneira como as mulheres são retratadas nos veículos de mídia. Segundo a ONU, elas costumam aparecer como testemunhas de relatos pessoais e não como especialistas em temas, apesar de serem qualificadas para falar.

O relatório indica que, apesar dos dados desfavoráveis, alguns progressos ocorreram. Cerca de 41% dos repórteres da mídia tradicional são mulheres, de acordo com a ONU – o que representa uma melhoria de 28% desde 1995. “Isso é importante porque as jornalistas estão mais inclinadas que os homens a incluir mulheres em suas matérias”, diz o comunicado da instituição sobre o levantamento.
A abordagem sobre violência de gênero também é ressaltada no levantamento. “Em cada 100 notícias, menos de duas cobrem o abuso sofrido pelas mulheres e não desafiam estereótipos que confirmam a atitude tendenciosa e de barreiras à igualdade de gênero”, aponta a instituição.
“Os canais de mídia e imprensa devem refletir a realidade e são essenciais para a democracia e um mundo justo e equitativo para todas as meninas e mulheres”, frisa a vice-diretora-executiva da ONU Mulheres, Kirsi Madi.