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Há uma nova ideia para remoção de lixo espacial: usar o escapamento de um motor

Remoção de Lixo Espacial: Uma Nova Abordagem

O lixo espacial é um problema crescente que ameaça a segurança de satélites, estações espaciais e outros objetos em órbita ao redor da Terra. Com estimativas de cerca de 14 mil pedaços de lixo espacial em órbita, a necessidade de remoção desses detritos é cada vez mais urgente.

Um pesquisador japonês, Kazunori Takahashi, da Universidade Tohoku, desenvolveu um projeto inovador que utiliza o jato de plasma do motor de um satélite para lançar detritos na atmosfera, onde eles podem se queimar com segurança. O sistema, chamado de “propulsor de plasma sem eletrodos do tipo ejeção de plasma bidirecional”, utiliza um motor iônico que funciona com argônio, em vez do tradicional xenônio.

O mecanismo funciona da seguinte forma:

  • O argônio entra em uma câmara, onde um eletrodo libera elétrons que se espalham pelo gás, carregando-o eletricamente e transformando-o em plasma.
  • O plasma é então direcionado e acelerado por campos magnéticos através do propulsor do motor, produzindo o empuxo.
  • O sistema permite que o plasma flua em duas direções ao mesmo tempo, proporcionando uma ejeção bidirecional.

No entanto, um dos desafios para a implementação do projeto é a potência de empuxo necessária para desorbitar o lixo espacial. Para remover um fragmento com 1 metro de diâmetro e 1 tonelada de massa em menos de 100 dias, é necessário aplicar 30 mili-Newtons (mN) de empuxo de forma constante.

O sistema de Takahashi consome mais energia do que os motores iônicos tradicionais, mas ele introduziu uma estrutura magnética capaz de manter mais plasma longe das paredes do sistema, direcionando uma maior quantidade do gás ionizado para a saída do propulsor. Em testes de laboratório, o sistema atingiu 25 mN de empuxo, com maior quantidade de plasma disponível para remover os detritos espaciais.

A redução de riscos da síndrome de Kessler, um cenário em que uma colisão entre um fragmento de lixo e um grande satélite provoca uma reação em cadeia, espalhando diversos estilhaços pelo espaço, é um dos principais objetivos do projeto. A remoção de grandes pedaços de lixo espacial pode ajudar a prevenir essa síndrome e garantir a segurança de objetos em órbita.

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