Governo cria primeiro Centro de Clima e Saúde na Amazônia
O Ministério da Saúde inaugurou, em Porto Velho (RO), o primeiro Centro de Clima e Saúde (CCSRO) do país, com foco territorial na Amazônia. A unidade foi lançada pelo ministro Alexandre Padilha na nova sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Rondônia.
O centro faz parte do AdaptaSUS, Plano Nacional de Adaptação do Setor de Saúde às Mudanças Climáticas, que reúne 27 metas e 93 ações previstas até 2035. O investimento total é de aproximadamente R$ 60 milhões, com recursos do Ministério da Saúde e da Fiocruz.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Centro de Clima e Saúde permitirá o acompanhamento sistemático dos dados relacionados às mudanças climáticas e possibilitará que as secretarias de saúde planejem ações para reduzir os efeitos das queimadas, secas e enchentes na saúde da população.
Principais atribuições do Centro de Clima e Saúde
- Produção de conhecimento científico e tecnológico
- Formação de profissionais especializados
- Fortalecimento da capacidade de resposta do SUS frente aos impactos climáticos
- Apoio à formulação e avaliação de políticas públicas voltadas à região amazônica
A expectativa é que a unidade se torne referência para países da América Latina e do Caribe, especialmente no âmbito da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e das discussões globais sobre adaptação.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou um investimento adicional de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação do SUS às mudanças do clima, e o ministro Padilha destacou que a Amazônia é prioridade no AdaptaSUS, articulado à estratégia Mais Saúde Amazônia Brasil.
Com a criação do CCSRO, o Brasil se junta a países como Reino Unido e Estados Unidos, que já contam com estruturas dedicadas à integração entre clima e saúde pública. O diferencial brasileiro é o foco direto na Amazônia, região estratégica tanto do ponto de vista ambiental quanto sanitário.
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